Com objetivo de capacitar profissionais para atuar nas novas operações da empresa Eneva, na unidade de exploração e produção de gás natural do Campo do Azulão, no município de Silves (AM), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) realizou processo seletivo 100% on-line que aprovou 31 profissionais na primeira etapa do Programa de Qualificação de Novos Operadores. Nesta segunda-feira, 30, na segunda etapa do programa, 25 profissionais receberam a certificação da parte prática. Desses, 16 serão contratados pela Eneva na terceira e última etapa do programa.
“A presença da Eneva vem tornar realidade a produção de gás no Campo de Azulão, após 20 anos de sua descoberta pela Petrobras, com geração de impostos, emprego e renda em nosso Amazonas. Reafirmo que o projeto Azulão resgata o antigo sonho de todo amazonense de ver o seu estado autossuficiente na exploração do gás, já que o Amazonas tem a maior reserva de gás natural em terra do país, ainda pouco explorada”, ressaltou o diretor regional do IEL, Nelson Azevedo, ao reafirmar a necessidade de parcerias como essa (IEL e Eneva) para incentivar novas experiências no Estado.
O programa possui três fases eliminatórias, sendo a primeira reservada ao conteúdo teórico, com 128h, realizada no município de Itapiranga; a segunda, de qualificação prática, ocorreu em tempo integral com treinamento no Complexo Parnaíba, no Maranhão; e a terceira, de contrato efetivo com a empresa Eneva, para atuação no Campo do Azulão. Os candidatos participaram do processo seletivo, feito pelo IEL, atendendo aos requisitos de formação técnica, concluído ou cursando, nas áreas de mecânica; elétrica; eletromecânica; automação; petróleo & gás; sistema a gás ou áreas afins.
Os aprovados poderiam ter também graduação em engenharia, concluído ou cursando, e obrigatoriamente atender o perfil localidade de ser residente em um dos municípios de Itapiranga, Itacoatiara ou Silves, além de ter no mínimo 18 anos. “Nosso grande objetivo é o desenvolvimento e a capacitação para termos mão de obra local qualificada para fazer parte das nossas operações. Hoje temos 25 profissionais que passaram por triagem dos quase mil inscritos que tivemos nas cidades de Itapiranga, Itacoatiara e Silves”, contou a responsável pelo Programa de Qualificação da Eneva, Patrícia Oliveira.
Entre os 25 certificados da parte teórica, ocorrida ontem, estão 11 mulheres que concorrem à contratação efetiva na Eneva. A superintendente do IEL, Andrea Guerra, destacou essa participação como necessária para todas as áreas de atuação do programa, além de necessária para a carreira, formação e valorização geral de todos os presentes.
“Quero parabenizar a todos que chegaram até aqui e participaram dessa seleção, a partir de agora o crescimento na carreira e valorização, como colaborador, só depende de vocês. Acreditamos muito na capacitação e na força de vontade. Parabéns a todos e não posso deixar de destacar que me sinto muito feliz em chegar até essa etapa do Programa e ver que a Eneva trouxe até aqui tantas mulheres para dentro da fábrica. Parabéns especial para vocês, meninas”, disse ela.
A aluna Bruna Goes, uma das 25 candidatas à vaga da Eneva e representante do time feminino falou na cerimônia de certificação sobre as dificuldades enfrentadas pelo grupo até chegar à fase final de contratação para a empresa. “Ficamos inseguros diversas vezes ao longo das etapas e ansiosos a cada novo e-mail ou resultado, o sentimento é de gratidão e orgulho, principalmente se formos pensar que somos de Itapiranga – uma cidade que agora tem uns 10 mil habitantes -, Silves ou Itacoatiara e, mesmo assim, estamos tendo essa oportunidade única de sair da nossa zona de conforto e ter esse investimento para trabalhar e trazer desenvolvimento para região”, relatou ela.
A Eneva já iniciou a segunda fase das obras do projeto integrado Azulão-Jaguatirica II, que será o primeiro campo a produzir gás natural na Bacia do Amazonas, em Silves (AM), para abastecer a usina termelétrica Jaguatirica II, em Boa Vista (RR). Previsto para entrar em operação na segunda metade de 2021, o gás passará pelo processo de tratamento, liquefação, armazenamento e será transportado por carretas criogênicas até a usina termelétrica que vai gerar energia para abastecer o estado de Roraima.
Fonte: Fieam
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