A área de pesquisa, desenvolvimento e capital humano do INPE, crucial para o monitoramento dos biomas brasileiros, não terá um único real em seu orçamento para 2021. É isso mesmo: R$ 0,00.
A Folha revelou ontem (17/8) dados de uma planilha de orçamento da Agência Espacial Brasileira (AEB), que deve constar na proposta de orçamento para 2021 que o governo federal apresentará ao Congresso Nacional no final deste mês. No total, a previsão é de que o INPE – que depende de repasses do ministério de ciência, tecnologia e inovação (MCTI) e da AEB para se manter – receberá R$ 79,7 milhões no próximo ano, valor cerca de 33% inferior ao previsto para 2020. Desse corte, o MCTI diminuiu seu repasse para o órgão em 14%; já a AEB cortou seu repasse pela metade.
Com o orçamento minguado, o INPE ficaria praticamente sem verba para a pesquisa científica. O dinheiro garantiria apenas a manutenção dos servidores, mas sem condições de realizar seu trabalho. A situação piora ainda mais o ambiente dentro do Instituto, que vive um processo de reestruturação imposto pelo governo federal por meio de seu diretor interino, o coronel da Aeronáutica Darcton Policarpo Damião. No começo do mês, destacamos aqui a insegurança sofrida por muitos funcionários nos últimos tempos, com o temor de que essas mudanças resultem em um controle absoluto da gestão dos dados sobre desmatamento gerados pelo INPE por parte do governo federal.
Fonte: ClimaInfo
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