“A Amazônia está em festa: está inaugurada a Fazenda Bemol de Energia Solar, um importante projeto que a memória dos Pioneiros da Amazônia saúda com seu portfólio empreendedor: Primeira e maior Fazenda Solar da Região Norte do Brasil. Trata-se de um passo visionário e de uma nova estratégia para o século XXI. Aprendemos muito com nossos antepassados em matéria de desenvolvimento sustentável e queremos fazer muitas mais. Em breve ofereceremos produtos inovadores a clientes Bemol para maior economia nas suas contas de luz baseado nesta geração de energia renovável.”
Denis Benchimol Minev
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Amazônia hidrelétrica só para o Sudeste
Mais uma vez, o grito empreendedor dos Benchimol Minev fala mais alto. Afinal, investimentos energéticos de grande porte na região são: hidrelétricas, que servem para produzir energia que é prontamente transmitida ao Sudeste. A hidrelétrica de Santo Antônio,
por exemplo, construída em frente a Porto Velho, não fornece energia em Rondônia e se destina a empreendimentos estranhos ao interesse regional. Estradas e portos estão sendo construídos, desde que estes se destinem a escoar riquezas de outras regiões (soja do Mato Grosso, por exemplo). As últimas obras de porte para a infraestrutura no Amazonas foi a Br174 e é Teca 4, o armazém de cargas da Infraero em Manaus. Em termos de geração de energia, a Usina de Belo Monte é um constrangedor fracasso, com precedente similar no Amazonas, a Usina de Balbina, dos anos 70. O linhão de Tucuruí deixa 35% do Amazonas sem o suporte energético de que precisamos para sair do atraso.
Estranhas prioridades
Investimentos de cinco anos atrás em Manaus mostram um estranho cardápio de prioridades: uma ponte para endividar o Estado e especulação imobiliária e não para viabilizar a atividade produtiva. Um estádio de futebol suntuoso que, além da dívida extorsiva, não gera receita capaz de pagar sua manutenção. E para dar suporte ao e desenvolvimento sustentável na Amazônia são poucos, se é que existem. Portos de contêineres, aeroportos, hidrovias, estradas, onde estão? O esporte preferido do IBAMA tem sido reiterar o embargo da BR 319. Eles exigem novo EIA/RIMA para o “trecho do meio”, ironizado por outro ator federal, o DNIT, da área dos Transportes. Já foram gastos mais de R$ 200 milhões nestes estudos, considerados “insuficientes” pelos burocratas poderosos de Brasília. Alegam, entre outras balelas, o risco de extinção de uma gralha e um macaco, muito comuns na Amazônia. Tenha paciência!
Um marco e um alerta!
Por isso, a Fazenda Bemol de energia solar é um marco e um alerta. Não devemos esperar por Brasília. O setor privado que se mobilize e é exatamente isto que a Bemol está fazendo. O projeto Arco Norte é outro exemplo disso. Os empresários assumiram o protagonismo de prover a infraestrutura. E a rodovia da soja já foi asfaltada no novo governo. E a BR 319, temos razões para pensar que a estrada agora sai? Não teríamos em tese. E lembrar que a rodovia só precisa de manutenção, mas segue intransitável há mais duas décadas. Tomando apenas o Amazonas, quantos km de rodovias federais foram construídos no Estado nos últimos 20 anos? Ferrovias? Portos para contêineres? Quilômetros de hidrovias balizadas? Usinas de energia solar? Somente a Fazenda Bemol.
A Energia da Identidade e da Diversidade
Energia é a marca dos judeus na Amazônia, no sentido amplo e empreendedor do termo. A Refinaria Isaac Benayon Sabbá, construída no coração da floresta amazônica nos anos 50, ilustra essa ilação. Benayon Sabbá, Benarrós, Benzecry, Cohen, Assayag, Benchimol, Minev fizeram e seguem fazendo da Amazônia a Nova Terra Prometida em completa harmonia com a força nordestina, de síriolibaneses, turcos, palestinos, gregos e troianos. Esta saga precisa sempre ser revisitada e compreendida como paradigma de negócios e bionegócios sustentáveis, nesta pátria tropical das múltiplas e inesgotáveis oportunidades.
Energia, informação e sustentabilidade
No livro “Manaós-do-Amazonas”, sua tese de mestrado, são listados pelo professor Samuel Benchimol, 41 produtos extraídos da floresta e que faziam a base da economia regional nos anos 1940 em diante, quando esses empreendedores, a despeito do marasmo econômico da Amazônia de então, consolidaram teimosamente seus investimentos na região. Uma verdadeira empreitada de bons negócios da floresta. Farinha, cacau, castanha, borracha, malva e juta… são alguns carros-chefes das empresas que I.B. Sabbá, Moysés Israel e toda a saga empreendedora que fez florescer a partir do almoxarifado de produtos naturais da Hileia demandados pelo mercado internacional. Hoje o grande negócio dos novos pioneiros, coerente com a saga judaica, é energia, informação e sustentabilidade.
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