Mesmo com a presença dos militares na Amazônia desde maio, o ritmo do desmatamento aumentou substancialmente em outubro. Segundo o DETER-INPE, o bioma perdeu 836,23 km2 de cobertura vegetal no mês, alta de 50,6% sobre outubro de 2019. É o maior valor para os meses de outubro da série histórica iniciada em 2015.
Os dados foram divulgados ao final da viagem diplomática realizada na semana passada por Mourão com embaixadores estrangeiros na Amazônia. O general reconheceu que “o caldo entornou”, mas rejeitou qualquer responsabilidade do governo sobre a intensificação da destruição florestal da Amazônia. Já Bolsonaro insistiu em negar os dados do INPE e, mais uma vez, declarou que as críticas à política ambiental do Brasil são infundadas.
O balanço da viagem com os embaixadores foi decepcionante. Sem ter passado pelas áreas que sofrem com o desmatamento e as queimadas, os diplomatas puderam ver pouco da situação real da floresta. No Guardian, Dom Phillips destacou as críticas da sociedade civil e as declarações da embaixadora interina do Reino Unido no Brasil, Liz Davidson, quem lamentou não ter visitado essas áreas. Já no Correio Braziliense, Renato Souza reconstituiu o roteiro dos diplomatas na região e ressaltou que, com a vitória do democrata Joe Biden nos EUA, Mourão & Cia. deverão enfrentar ainda mais problemas em seu esforço para aliviar a pressão internacional.
Fonte: ClimaInfo
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