Os compromissos de descarbonização até 2050 por parte do Japão e da Coreia do Sul, junto com o anúncio da neutralidade das emissões de carbono pela China até 2060, colocaram a Ásia como a mais recente frente no esforço global de elevação do grau de ambição das metas e das ações climáticas por parte dos países. Patrícia Espinosa, secretária-executiva da Convenção da ONU sobre Mudança do Clima, celebrou essas declarações e destacou que são sinais “muito fortes” de que as maiores economias do planeta estão finalmente se conscientizando sobre a necessidade de mais ambição contra a crise climática.
No entanto, vizinhos importantes dessas nações asiáticas seguem se fingindo de mortos. O The Guardian destacou a fala do ministro de energia da Rússia, Alexander Novak, que afirmou que o país não pretende diminuir sua produção de combustíveis fósseis nas próximas décadas. Em vez disso, a ideia de Moscou é aumentar a produção de gás em 50% para geração de hidrogênio, além do desenvolvimento de tecnologias de captura e armazenamento de carbono. O governo de Scott Morrison na Austrália também está nessa linha. Pior: com a queda potencial no consumo de carvão pelas principais economias asiáticas, o país arrisca perder três de seus maiores consumidores desse combustível fóssil ao longo das próximas décadas. O Climate Home abordou a encrenca australiana.
Fonte: ClimaInfo
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