O imaginário popular dos brasileiros no Sul-Sudeste sobre a Amazônia costuma girar em torno dos Povos Indígenas, originários da floresta. No entanto, a diversidade amazônica não se resume apenas à fauna e à flora, mas também se aplica aos seus habitantes. No UOL Ecoa, Priscila Fonseca fala da experiência de conhecer as diversas comunidades, tradições e culturas negras na Amazônia, desde as manifestações culturais do Marabaixo no Amapá, o Tambor de Crioula nos quilombos maranhenses e as misturas pretoindígenas no Pará. “Cada lugar que eu chegava fui me deparando com uma Amazônia diversa. negra, indígena, cabocla e potente, nas benzedeiras, na feitura da farinha, no cuidado com a roça e no pretuguês”, escreveu. Infelizmente, da mesma forma que a floresta e os Povos Indígenas estão cada vez mais ameaçados pela destruição ambiental, o mesmo acontece com essas comunidades negras.
Em tempo: Há séculos, a maior parte das roupas que vestem os brasileiros passa pelas mãos de mulheres negras – e isso se reflete na forma como a moda brasileira se entende, ainda que essas pessoas sigam “invisíveis” aos olhos públicos. Vale a pena ler a reflexão de Ana Paula Xongani no UOL Universa sobre esse ponto. “Em um momento em que se fala tanto de moda transparente e sustentável, sobre termos possibilidades de saber de onde vem e por onde passou cada peça [de roupa] que a gente usa, criando uma nova consciência de moda, é fundamental que esse raciocínio extrapole o ‘agora’ e seja levado também para a nossa história, que a gente recupere, de forma transparente e honesta, os processos da moda que trouxeram a gente até aqui”
Fonte: ClimaInfo
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