“As pautas de nossa região seguem as mesmas: como romper nossas deficiências? Como melhorar a nossa infraestrutura? Como aumentar nosso desenvolvimento humano sem arruinar os recursos naturais? Como produzir riqueza a partir da biodiversidade? Em síntese: como superar a condição de estar no lugar mais belo, diverso e abundante do planeta e não o aproveitar para a prosperidade de todos?”
Augusto César Barreto Rocha
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Nunca temos controle da vida, mesmo quando acreditamos que temos. Esta característica da aventura humana esteve muito clara em 2020. Cientistas, cartomantes e economistas têm se esforçado para compreender a lógica do mundo e aqui, acolá acertam algo, quase como o lançamento de uma moeda. Neste ano tivemos a aleatoriedade do vírus e seus efeitos, bem como o desenvolvimento de vacinas antes do final do ano.
2021 não será diferente, mas há a esperança de que reencontremos um diálogo mais amplo para alguma compreensão e enfrentamento dos desafios da realidade. São abundantes os sinais que isso poderá voltar a acontecer, afinal, já descemos muito ao fundo do poço das discussões pelo Coronel, Companheiro ou Clube preferido. Pela dor do isolamento, talvez tenhamos nos acalmado um pouco e refletido melhor sobre os valores que movem a nossa existência.
O novo ano que se avizinha tem tudo para ser excelente. Ótimas perspectivas podem vir com a volta da necessária confiança em um futuro melhor, afinal já deveríamos ter nos cansado das crises e o desemprego ou o medo dele são ótimos elementos para aumentar a vontade pelo trabalho. Nada é melhor do que a fé para nos mover para frente e todos os sinais apontam para um ano novo mais feliz que o anterior.
O Brasil e o mundo seguirão tentando impor um controle sobre a Amazônia. É bem provável que em algum momento deste ano acordemos, ou pela reforma tributária ou por alguma outra carência. Um dos elementos da realidade precisa nos acordar. As pautas de nossa região seguem as mesmas: como romper nossas deficiências? Como melhorar a nossa infraestrutura? Como aumentar nosso desenvolvimento humano sem arruinar os recursos naturais? Como produzir riqueza a partir da biodiversidade? Em síntese: como superar a condição de estar no lugar mais belo, diverso e abundante do planeta e não o aproveitar para a prosperidade de todos?
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