A telha fotovoltaica da empresa Eternit, novidade no país, já está sendo testada em duas residências do interior de São Paulo. O modelo é feito de concreto e possui células fotovoltaicas acopladas.
Uma das casas a receber a tecnologia está localizada em São Bento de Sapucaí. Ali foram instaladas 400 telhas fotovoltaicas de 9,16 kWp, cuja capacidade produtiva será em média de 400 kWh/mês – estima a Eternit.
A outra residência, em Campos do Jordão, recebeu um pouco mais: foram instaladas 467 telhas fotovoltaicas com capacidade produtiva média de 590 kWh/mês.
Agora, sem a necessidade de painéis, os telhados vão gerar energia de graça aos moradores dos imóveis.
Luiz Antonio Lopes, gerente de desenvolvimento de negócios da Eternit responsável por todo o projeto das telhas fotovoltaicas, calcula que “a partir da captura de energia solar durante o dia, considerando a irradiação solar da região e a orientação do telhado leste oeste, será possível economizar até R$ 300,00 na conta de energia. Se houver, o excedente é injetado na rede para consumo à noite, por exemplo.”
Nova telha Eternit no mercado
As telhas já estavam sendo produzidas, sob demanda, na fábrica Tégula Solar, em Atibaia, interior de São Paulo. A produção, por enquanto, é voltada para projetos-pilotos, como o realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e agora este residencial.
O modelo fotovoltaico em concreto já foi aprovado pelo Inmetro e ganhou o nome de Tégula Solar. Um outro modelo, em fibrocimento, aguarda homologação do Inmetro e vai se somar a nova linha fotovoltaica da marca – a Eternit Solar. “Por ser o tipo de telha de maior utilização nos estabelecimentos do país e com o custo mais acessível, poderemos oferecer a possibilidade de adesão à energia solar a uma grande parcela da população brasileira, popularizando esse acesso”, explica Luís Augusto Barbosa, presidente do Grupo Eternit.
Outra vantagem, segundo ele, é que a telha solar será intercambiável com a telha tradicional da marca, podendo ser substituída nos pontos necessários sem precisar mudar a estrutura inteira da cobertura. “Feito isso, a ligação elétrica e a conexão com a rede de transmissão seguem os mesmos padrões e exigências dos sistemas tradicionais de placas fotovoltaicas”, afirma.
Novas instalações estão previstas para janeiro e a previsão da companhia é iniciar a comercialização das telhas no final do primeiro semestre de 2021.
Fonte: Ciclo Vivo
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