Ao celebrar os 45 anos do CIEAM, reafirmamos o compromisso com uma governança moderna, participativa e transparente, que valorize tanto o setor privado quanto o bem-estar das comunidades amazônicas. A sustentabilidade, em todos os seus aspectos, deve ser o farol que guiará o desenvolvimento futuro, assegurando que o progresso econômico ande de mãos dadas com a preservação ambiental e a justiça social.
Por Lúcio Flavio Oliveira
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Ao celebrarmos os 45 anos do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), é imperativo destacar o papel central que o setor privado desempenha no desenvolvimento da Amazônia. O protagonismo empresarial, que ao longo dessas décadas impulsionou a Zona Franca de Manaus, agora enfrenta o desafio de se adaptar a uma nova era, onde a governança precisa ser participativa e transparente.
Protagonismo do setor privado
O setor privado do Amazonas tem sido a força motriz por trás do crescimento econômico regional, garantindo empregos, qualificação acadêmica, investimentos e inovação. No entanto, a sustentabilidade desse progresso requer uma abordagem integrada que vá além dos muros das fábricas. É necessário que os empresários assumam a liderança em processos de governança que envolvam todas as partes interessadas, incluindo as micro e pequenas empresas, o setor de turismo e as comunidades do interior.
A Nova Governança: participação e transparência
Para avançar, a governança da aplicação dos recursos públicos precisa ser reavaliada. Essa nova governança deve ser não apenas participativa, mas também transparente, assegurando que os benefícios sociais e econômicos sejam distribuídos de forma equitativa. O envolvimento direto das micro e pequenas empresas, assim como o fortalecimento do turismo, são fundamentais para a diversificação da economia local. Além disso, a interiorização do desenvolvimento é essencial para que o crescimento não se limite às áreas urbanas, mas também alcance as comunidades mais distantes, integrando-as ao ciclo virtuoso do progresso econômico.
Proteção florestal e emissões industriais
Ao mesmo tempo, é imprescindível que essas novas práticas de governança estejam alinhadas com a proteção do meio ambiente. A preservação da floresta amazônica não é apenas um dever ético, mas também uma estratégia inteligente para garantir a sustentabilidade a longo prazo da própria indústria. Neutralizar as emissões do Polo Industrial de Manaus deve ser uma prioridade, combinando inovação tecnológica com responsabilidade socioambiental.
O Diálogo entre empresários e políticos
A colaboração entre o setor privado e o público nunca foi tão crucial. “Os políticos estão distantes do chão de fábrica assim como os empresários não entendem facilmente as regras do jogo político”, destacou o presidente do Conselho do CIEAM, Luiz Augusto Barreto Rocha. O avanço observado desde 2019, com a participação mais ativa dos parlamentares federais do Amazonas nos debates sobre a Reforma Tributária, é um exemplo claro de que o diálogo é a chave para proteger os interesses da Zona Franca de Manaus. Interlocução é a premissa e a governança participativa, o propósito.
A ida dos empresários do Polo Industrial de Manaus a Brasília marcou um ponto de inflexão nesse relacionamento, permitindo que as discussões sobre a reforma tributária fossem acompanhadas de perto, fortalecendo a colaboração entre o setor produtivo e os legisladores. Acima de tudo, o que está em jogo é a proteção dos investimentos e empregos gerados pelas atividades industriais da ZFM.
Juntos somos mais fortes
Ao celebrar os 45 anos do CIEAM, reafirmamos o compromisso com uma governança moderna, participativa e transparente, que valorize tanto o setor privado quanto o bem-estar das comunidades amazônicas. A sustentabilidade, em todos os seus aspectos, deve ser o farol que guiará o desenvolvimento futuro, assegurando que o progresso econômico ande de mãos dadas com a preservação ambiental e a justiça social.
Lúcio Flávio é advogado, empresário e presidente-executivo do Centro da Indústria do Estado do Amazonas.
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