O Setor industrial do Amazonas tem o jornal “A Crítica”, como parceiro de todas as horas e aliado importante para o desenvolvimento socioeconômico do estado amazonense e, fundamental, para a liberdade de expressão e a democracia
Por Gilmar Freitas
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Quero destacar neste artigo o aniversário do jornal “A Critica” no último dia 19. Há sete décadas e meia, este periódico atua com empenho na defesa dos interesses do Amazonas. Jornal de maior circulação no estado, é um dos pioneiros em seu exercício com independência e pluralidade no esforço de contar diariamente a nossa história, e de defender por meio de um jornalismo crítico e apartidário o projeto de desenvolvimento Zona Franca de Manaus (ZFM), criado em 1967.
O Setor industrial do Amazonas tem o jornal “A Crítica”, como parceiro de todas as horas e aliado importante para o desenvolvimento socioeconômico do estado amazonense e, fundamental, para a liberdade de expressão e a democracia.
Em momentos preocupantes pelos quais atravessou o Polo Industrial de Manaus (PIM), com as “fake news” circulando e deturpando o Projeto ZFM, nós contamos com a defesa intransigente de “A Crítica” por meio do trabalho jornalístico de credibilidade e pela informação de qualidade, o que foi de extrema relevância nessa jornada de muitas lutas.
Sua linha de pensamento foi essencial para atingir os objetivos, cujo fundamento é a preocupação com a afirmação das funções sociais e cívicas do jornalismo e o valor da informação para a construção da democracia. O jornal sempre focou as necessidades do cidadão e empenhou-se na contribuição para construir a cidadania e a consciência social.
Empreendedor visionário, Umberto Calderaro Filho, em 19 de abril de 1949, publicou o jornal “A Crítica” edição número um. Segundo registros, contava apenas com caixas de tipos, uma velha impressora de dois cilindros e alguns materiais gráficos. De acordo com relatos, a primeira edição foi feita na Arquidiocese de Manaus, pois possuía máquinas mais modernas. Dom Alberto Gaudêncio Ramos, o bispo à época, teria alugado o maquinário por quinhentos cruzeiros.
Todo o trabalho era feito pela família Calderaro e por amigos. Mas como todo empreendedor e jornalista independente, enfrentou muitos problemas e desafios. No final da década de 50 e início de 60, por defender o povo e as liberdades individuais, o jornal foi atacado por políticos do Estado e teve sua sede destruída por uma bomba, mesmo assim, em nenhum momento deixou de circular.
Os proprietários e dirigentes do jornal de maior circulação no Amazonas nunca deixaram de investir durante todos esses anos, adquirindo novos e modernos equipamentos para desempenhar com perfeição seu trabalho jornalístico, sendo o primeiro a funcionar no Amazonas com o teletipo, vinculado à agência de Notícias Associated Press, em 1967, e de lá até hoje renova e moderniza todo o seu acervo editorial e gráfico, mídias digitais, TV, rádio, portal e outras mídias.
Certamente, muitas das informações que colhi sobre “A Crítica”, foram frutos de registros nos meios de comunicações, mas muitos dos acontecimentos também foram por mim vivenciados, daí meu reconhecimento, homenagem e respeito a todo o Grupo Calderaro e seus colaboradores.
Gilmar Freitas é Assessor Econômico da Presidência da FIEAM
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