O setor elétrico do Brasil alcançou um marco histórico em 2023, registrando o menor nível de emissões de dióxido de carbono (CO2) em 12 anos, graças ao avanço significativo das fontes de energia renovável e à recuperação dos níveis dos reservatórios hidrelétricos.
Este feito coloca em cheque a defesa da geração termelétrica a gás fóssil e carvão, anteriormente considerada essencial para a segurança energética do país.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o setor elétrico brasileiro emitiu apenas 0,038 toneladas de CO2 por terawatt-hora (TWh) produzido em 2023, uma queda em relação às 0,042 toneladas por TWh registradas no ano anterior. A última vez que o Brasil observou emissões nesse patamar foi em 2011, quando foram emitidas 0,028 toneladas por TWh.
A redução das emissões é atribuída ao crescimento exponencial da geração de energia eólica e solar no Brasil, juntamente com condições hidrológicas favoráveis que permitiram o pleno aproveitamento das hidrelétricas. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), quase 90% dos 75,6 mil MW médios fornecidos ao sistema elétrico brasileiro em 2023 provieram de fontes renováveis, com a energia solar e eólica registrando um aumento recorde de quase 50% em comparação ao ano anterior.
Este avanço das energias limpas não apenas reforça a capacidade do Brasil de fornecer eletricidade de forma sustentável, mas também contribui significativamente para a redução da dependência de fontes de energia mais poluentes. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) indica que o país está no caminho certo para manter a trajetória de crescimento das energias renováveis, com 107 usinas eólicas e 173 solares atualmente em construção, além de outras 515 eólicas e 2.837 solares com outorga aprovada, aguardando o início das obras.
Este cenário positivo reforça o compromisso do Brasil com a transição energética e o combate às mudanças climáticas, colocando o país na vanguarda dos esforços globais para promover uma geração de energia mais limpa e sustentável.
*Com informações CLIMA INFO
Comentários