Um recente levantamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) revelou que as promessas de doações ao Fundo Amazônia por países como Estados Unidos, França e Reino Unido ainda não se concretizaram. Até o momento, apenas 2,9% do valor prometido foi recebido pelo banco.
Promessas não cumpridas e impacto financeiro
De acordo com o relatório, dos R$ 3,4 bilhões prometidos em 2023 por diversos governos estrangeiros, somente R$ 100 milhões foram efetivamente entregues. Essa quantia representa menos de 3% do total prometido, uma discrepância que chama atenção para a lentidão no cumprimento dos compromissos internacionais.
Apesar do atraso nas novas contribuições, o Fundo Amazônia ainda mantém uma reserva financeira de R$ 4,1 bilhões. Esse saldo inclui os depósitos feitos por Alemanha e Noruega até 2019, além dos rendimentos dos últimos quatro anos, período em que o fundo esteve inativo, e a recente doação alemã.
A lentidão nas doações tem gerado desconforto entre representantes brasileiros. Além disso, o governo federal enfrenta críticas pela demora na liberação dos recursos já disponíveis no fundo. Desde a reativação do Fundo Amazônia no início do ano, apenas dois novos projetos foram contratados, ambos remanescentes da paralisação iniciada em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro.
Estratégias do governo federal e iniciativas regionais para o Fundo Amazônia
O governo federal, enquanto busca acelerar a aprovação de novos projetos e a injeção de recursos no Fundo Amazônia, também trabalha para reduzir a dependência dos governos estaduais em relação a esses fundos para projetos de conservação ambiental. Segundo Ana Carolina Amaral, do jornal Folha, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima planeja replicar a estrutura do Fundo Amazônia para criar um novo mecanismo de financiamento, focado na proteção de outros biomas. Paralelamente, os governadores do Consórcio Nordeste buscam apoio internacional para um fundo alternativo dedicado à preservação da Caatinga.
Este cenário reflete os desafios enfrentados pelo Brasil na gestão de recursos destinados à conservação ambiental e destaca a importância de compromissos internacionais efetivos para a sustentabilidade da Amazônia.
*Com informações CLIMA INFO
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