Incêndios diminuem na região metropolitana de Manaus após reforços e chuvas. Por outro lado, a estiagem histórica afeta a navegação e comércio, provocando medidas emergenciais e humanitárias.
Após um aumento no efetivo de combate a incêndios em Manaus, houve uma redução significativa nos focos, informou o governador Wilson Lima. Em uma entrevista recente, ele destacou que, entre os dias 8 e 10 de outubro, haviam 415 focos de calor, mas entre 11 e 15, esse número caiu para 28.
Wilson Lima atribuiu a redução a dois fatores: “A intensificação das ações e as chuvas recentes foram cruciais para diminuir os focos de calor na região metropolitana.”
Situação em números
Conforme dados do Corpo de Bombeiros do Amazonas, do dia 12 de julho até 15 de outubro, o estado enfrentou 2.386 incêndios, sendo 1.691 no interior e 695 na capital, Manaus. Essas queimadas resultaram em uma camada de fumaça cobrindo a cidade.
Lima também anunciou um encontro em Brasília com o vice-presidente Geraldo Alckmin e outros ministros. O objetivo da reunião é discutir a grave estiagem que afeta o estado.
Impacto no comércio
Em relação ao Rio Negro, sua cota atingiu 13,49 metros recentemente, o nível mais baixo desde 1902, quando as medições começaram. Esse declínio impactou diretamente a navegação de navios responsáveis pelo transporte de insumos para comércio e produção na Zona Franca de Manaus.
A Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac) alertou sobre o impacto da seca nos transportes, especialmente de produtos pesados. “A seca pode reduzir a navegação em até 50%. Em cenários extremos, a navegação no Rio Amazonas pode ser inviável”, alertou a Abac.
Medidas governamentais
Como resposta, o governo federal anunciou projetos de dragagem em segmentos dos rios da área. O governador do Amazonas confirmou que os trabalhos de dragagem no Rio Amazonas começarão em breve, especificamente na região conhecida como Tabocal, perto de Itacoatiara.
Situação da seca no estado
Em um boletim atual da Defesa Civil do estado, fica evidente a gravidade da seca no Amazonas. Dos 62 municípios, 59 decretaram situação de emergência, um está em alerta e dois não apresentam mudanças. Atualmente, cerca de 557 mil pessoas e 138 mil famílias estão sendo afetadas.
Por fim, o governo do Amazonas divulgou: “Quanto à ajuda humanitária, 40 mil cestas básicas foram distribuídas, estão a caminho ou prontas para entrega. Além disso, mais de 2,2 mil kits do programa Merenda em Casa foram entregues pela parceria entre Defesa Civil, Exército e Marinha.”
Com informações da Agência Brasil
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