Dados do INPE indicam que o garimpo derrubou 232 hectares de floresta na Terra Yanomami em 2022, o que representa um aumento de 24,7% em relação ao ano anterior (186 ha). Se forem considerados os quatro anos da era Bolsonaro, o salto no desmatamento associado ao garimpo é ainda mais notável: alta de 309%, de 1.236 ha em outubro de 2018 para 5.053,8 ha em dezembro de 2022. Agência Brasil e Folha destacaram a informação.
Já O Globo escreveu sobre um balanço feito pelo Instituto Escolhas do desmatamento causado pelo garimpo e pela mineração na Amazônia. De 2015 a 2021, a área perdida de floresta pela atividade garimpeira aumentou quase sete vezes, pulando de 18 km2 para 121 km2.
O avanço do garimpo na Amazônia nos últimos anos refletiu o descaso do governo Bolsonaro com a proteção ambiental. De 2019 a 2022, a derrubada de floresta no interior de áreas protegidas na Amazônia Legal foi 94% maior em comparação com os quatro anos anteriores, segundo levantamento feito pelo Instituto Socioambiental (ISA) e divulgado pelo site ((o)) eco.
Já o Imazon concluiu que 80% de todo o desmatamento da Amazônia em 2022 ocorreu em terras sob responsabilidade da União.
Isso significa que foram derrubados cerca de 8,4 mil km2, o que equivale a 5,5 vezes a área do município de São Paulo (SP). A informação foi repercutida pelo UOL.
A explosão recente do desmatamento na Amazônia traz desafios para o começo do governo Lula, assinalou Giovana Girardi no InfoAmazonia: “O desmonte em série das políticas ambientais, associado a mensagens positivas por parte do governo Bolsonaro para quem usufruía ilegalmente da Amazônia, favoreceu não só a sensação de impunidade, como o próprio aumento da criminalidade”.
Texto publicado em CLIMA INFO
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