A prisão de Dirceu Frederico Sobrinho pela Polícia Federal na semana passada chamou a atenção por conta de acusações antigas contra o empresário por envolvimento com o garimpo ilegal em Terras Indígenas na Amazônia. Ironicamente, não foi isso que o colocou atrás das grades, mas sim uma investigação sobre a operação de balsas e dragas de ouro em rios do Amazonas.
O Repórter Brasil teve acesso a parte do inquérito que resultou na detenção temporária do “Rei do Ouro”. As investigações começaram em novembro de 2020, quando a Polícia Federal recebeu uma denúncia sobre o pouso de um avião com 3 kg de ouro ilegal em Porto Velho (RO). Os agentes prenderam o piloto e três passageiros e apreenderam seus celulares. A partir da quebra do sigilo telefônico, a PF descobriu contatos com Sobrinho, corroborados por registros de transações financeiras e bancárias do empresário com pessoas investigadas.
Para os investigadores, o empresário praticou lavagem de dinheiro ao “esquentar” ouro obtido de forma ilegal por uma de suas empresas, a FD’Gold. Agora, de acordo com a Folha, um dos focos da PF é averiguar as vendas de metal ilegal feitas pela empresa. Aqui, destacam-se o Banco Paulista e a exportadora BP Trading, que aparecem como compradores de ao menos R$ 278 milhões em ouro entre 2018 e 2019.
Texto publicado originalmente por CLIMA INFO
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