O setor elétrico segue acumulando recordes de geração por fontes renováveis de energia no Brasil.
De acordo com o Estadão, a partir de dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), só nos dez primeiros dias de setembro, 19 recordes foram batidos.
No total, foram 14 de geração solar fotovoltaica nos subsistemas Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste e cinco de geração eólica em todo o país. Em agosto, as usinas eólicas e solares corresponderam a 57% da potência agregada à matriz elétrica nacional, de 650,14 MW.
Por outro lado, José Roberto Mendonça de Barros destacou no Estadão o momento confuso que o setor elétrico atravessa por conta da “criatividade” de reguladores e legisladores. Um exemplo didático dessa confusão é a lei que autorizou a privatização da Eletrobras: por iniciativa do Congresso, a lei também criou uma obrigatoriedade para a União em contratar 8 GW de geração termelétrica a gás natural em regiões que não têm gás, gasodutos, mercados ou qualquer necessidade prática desse tipo de energia.
“O papel da regulação é, entre outros, o de estimular e garantir uma oferta crescente de energia ao longo do tempo. Para tanto, é importante gerar condições para atrair os investimentos necessários para atender o mercado, mas, definitivamente, não se trata de garantir taxas extraordinárias de lucro em certos segmentos, nem viabilizar projetos de precária base econômica”.
Por falar em confusão, o Valor abordou as dúvidas que começam a surgir com o modelo atual de contratação de energia elétrica. Por conta da queda na demanda, três leilões previstos para acontecer neste ano foram cancelados, e as perspectivas para o médio prazo não são melhores. A expansão do mercado livre de energia, no qual os consumidores escolhem o fornecedor de energia, e dos sistemas de micro e minigeração distribuída, principalmente por fonte solar fotovoltaica, deve intensificar o desafio ao modelo dos leilões, já que o número de consumidores dependentes da energia contratada por meio deles diminuirá.
Fonte: ClimaInfo
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