Fazendeiro encontrou filhote de onça próximo a sede da propriedade. Animal, que estava com sede e fome, foi encaminhado para Centro de Reabilitação de Animais Silvestres
Um filhote de onça-parda (Puma concolor) foi encontrado, nesta quarta-feira (14), na zona rural de Rio Verde de Mato Grosso (MS) — município sul-mato-grossense que abrange porções de Cerrado e Pantanal. O felino é o segundo maior do Brasil, atrás apenas da onça-pintada (Panthera onca). O animal estava sozinho, próximo a sede de uma fazenda, e foi resgatado pela Polícia Militar Ambiental (PMA) após solicitação do proprietário do imóvel.
O fazendeiro ligou para a PMA durante a manhã. Na chamada, ele disse que a oncinha tinha aparecido próximo a sede da sua propriedade, com sede e fome. A mãe não estava com o filhote, provavelmente, por conta da presença de cães na fazenda, o que pode ter acuado o animal. As informações constam em nota publicada pela instituição policial.
Seguindo orientação da PMA, o proprietário levou o animal até a zona urbana da cidade. De lá, o felino foi encaminhado por uma equipe da instituição ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) de Campo Grande (MS).
A ((o))eco, a PMA disse que o filhote deve receber alimentos e atenção veterinária no CRAS, onde, gradualmente, também receberá treinamento para se alimentar sozinho.
A reintrodução da oncinha na natureza, porém, vai depender da adaptação pelo animal a esse processo. Se, em idade apropriada, o felino apresentar sinais suficientes de que pode sobreviver sozinho, ele deve ser reintroduzido na natureza. Conforme a PMA, isso ocorre, geralmente, em unidades de conservação (UCs).
Sobre a onça-parda
Segundo maior felino do Brasil, a onça-parda ocorre em uma ampla variedade de habitats, desde florestas até formações de savanas e aparece, eventualmente, em ambientes alterados como plantações e pastagens estando presente em todos os biomas brasileiros. De acordo com o ICMBio (Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade), atualmente, têm sido cada vez mais frequentes relatos de aproximação deste animal com o homem. Entre as causas deste fenômeno estão a severa redução na disponibilidade de hábitats, devido ao crescimento urbano desordenado ou aumento das atividades antrópicas, e a diminuição de presas.
Esses mesmos fatores também são responsáveis pelo acentuado declínio populacional que a espécie vem sofrendo ao longo de toda a sua distribuição geográfica, aponta o ICMBio. A caça e ampliação da malha rodoviária no País também é outro agravante.
Fonte: O Eco
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