Cientistas indicam que uma rápida queda nas emissões devida à quarentena anti-COVID desempenhou um papel fundamental no recorde de chuvas na China em 2020. Nas últimas quatro décadas, as chuvas de verão na China oriental e central diminuíram significativamente devido ao aumento da quantidade de aerossóis na atmosfera. Essas partículas, muito associadas à queima de carvão, reduzem a ocorrência de tempestades em larga escala e podem levar a menores precipitações.
Embora a cadeia de eventos que conecta as medidas de lockdown às enchentes seja bastante complexa, o estudo sugere que a ausência destas partículas e a redução das emissões de gases de efeito estufa em 2020 teriam causado o efeito oposto – um grande aumento das chuvas. Ainda segundo a pesquisa, efeitos de curto e longo prazo nos cortes de emissão de poluentes podem ter efeito contraditórios sobre as chuvas, e seria improvável esperar que a manutenção e aumento dessas reduções gerem eventos semelhantes. A BBC deu detalhes do estudo.
Enquanto isso, o Reino Unido vive sua segunda mais intensa tempestade em décadas, a Eunice, que deixou ao menos nove mortos. Rajadas de até 170 km/hora foram registradas na Ilha de Wight, com alertas emitidos em várias partes do país, e cidadãos orientados a ficar em casa ou aguardar em abrigos – o que pode ter salvado vidas.
Mais de 1,3 milhões de habitantes ficaram sem luz, e os danos aos edifícios e casas podem passar dos 300 milhões de libras, segundo empresas de seguro. A tempestade seguiu em direção à Holanda ainda na 6ª feira (18), onde derrubou árvores e barreiras. AP, Reuters, The Guardian, Bloomberg e BBC dão detalhes.
Em tempo: A temporada de tufões na Costa Oriental da África segue dramática em 2022. Pelo menos 14 pessoas morreram em Madagascar após a passagem da tempestade tropical Dumako, segundo infomações da agência estatal de socorro a desastres. A Ilha se prepara para outra tempestade, prevista para atingir o país na 3ª feira, 22.
Fonte: ClimaInfo
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