O documentário “The territory”, que retrata a luta do Povo Uru-eu-wau-wau contra a invasão de seu território em Rondônia, recebeu o prêmio do público e um prêmio especial do júri na categoria de documentário internacional no Festival de Sundance, uma das maiores premiações do cinema independente no mundo.
Coprodução entre Brasil, Dinamarca e Estados Unidos, o documentário foi gravado em Rondônia e acompanha a luta do jovem Uru-eu-wau-wau Bitaté e de Neide Suruí, mãe de Txai Suruí, a brasileira que discursou na abertura da COP de Glasgow, contra invasores que têm desmatado a floresta na esperança de ter a grilagem legalizada.
Como descreveu a Folha, “The Territory” é um testemunho do avanço sobre Terras Indígenas já homologadas estimulado por declarações e pela omissão de Bolsonaro, que desde a campanha de 2018 posicionou-se como opositor das demarcações de Terras Indígenas.
O Estadão conta como os indígenas, com o apoio do WWF, estão aprendendo a usar drones, aparelhos de GPS e equipamentos fotográficos nessa luta – e lembra que a exposição de Sebastião Salgado sobre a Amazônia já tem data para aportar no Brasil: 15 de fevereiro, em São Paulo. O Globo também noticiou o prêmio.
Em tempo: Há uma semana informamos que a FUNAI deixou passar o prazo para revalidar a proteção legal de uma terra habitada por indígenas isolados no Amazonas. Ontem (31/1), o mesmo problema – desta vez, em relação a povos que vivem em isolamento na Terra Ituna Itatá, nos municípios de Altamira e Senador José Porfírio (PA) – foi denunciado por entidades indígenas. A TI Ituna-Itatá vive uma explosão da grilagem desde o final de 2016, com o fim das obras de Belo Monte e o incentivo do governo federal. O site Pará Terra Boa conta essa história.
Fonte: ClimaInfo
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