Começou ontem o Fórum Mundial de Bioeconomia que vai até amanhã em Belém. É a primeira vez que o encontro é realizado no Brasil. Ele foi criado a partir da necessidade de se haver uma plataforma global para reunir pessoas, empresas e organizações envolvidas com uma Bioeconomia Circular e que pudessem colaborar na construção de uma agenda comum. O Valor e o g1 deram matérias a respeito.
A Folha deu destaque para o fundador do Fórum que gostaria de ver a pauta sendo assumida pelo governo federal. O finlandês Jukka Kantola comentou que “hoje, 60 países têm uma bioestratégia em curso, parte importante na União Europeia, também o Japão, em breve a China, mas há poucas iniciativas na América Latina”.
O evento está recebendo um apoio bastante interessado do governo do estado, assim como de associações empresariais como o Ibá (árvores) e Abag (agronegócio). Segundo O Globo, o governador Helder Barbalho abriu o Fórum assinando a criação de uma Unidade de Conservação, do comitê gestor da Política Estadual de Clima e da Estratégia Estadual de Bioeconomia. O governador também lançou um edital para gerir concessões florestais no estado com direito a vender créditos de carbono. Sobre esse assunto, o grupo Carta de Belém soltou um manifesto dirigido à COP26 reforçando sua posição contra o uso de mecanismos de mercado para conter o aquecimento global que só servem para permitir que empresas sigam poluindo. Diz o manifesto: “Apesar dos fracassos dos mecanismos de mercados em produzir reduções reais de emissões em todo mundo, estes seguem sendo promovidos como a grande aposta estrutural para viabilizar a descarbonização e o objetivo de neutralidade climática”. A Carta é formada por quase 50 organizações, dentre elas o Greenpeace, a CUT e a Pastoral da Terra. O Globo comentou o manifesto e ouviu apoiadores da Carta.
Fonte: ClimaInfo
Comentários