O presidente dos EUA, Joe Biden, aproveitou o encontro do Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima (MEF), realizado virtualmente na última 6ª feira (17/9), para pedir mais ambição dos países na luta contra a mudança do clima antes da próxima Conferência da ONU sobre o Clima (COP26). Biden reafirmou no encontro que os EUA estão trabalhando para aumentar o volume de recursos para financiamento de ações climáticas nos países pobres, com o objetivo de mobilizar pelo menos US$ 6 bilhões anuais a partir de 2024.
Um dos destaques do encontro foi o acordo anunciado pelo governo dos EUA e pela União Europeia para reduzir as emissões de metano em 30% até 2030 (veja nosso comentário sobre este acordo aqui).
O encontro reuniu líderes de nove países, além da União Europeia e da ONU; o Brasil tinha sido convidado, mas Bolsonaro não quis participar da conversa. Correio Braziliense, G1, Poder360, NY Times, Reuters e Valor repercutiram a reunião.
Enquanto isso, o premiê britânico Boris Johnson quer aproveitar a Assembleia Geral da ONU desta semana para reforçar as articulações internacionais rumo à COP26. “Este é o período mais importante, creio, da história do planeta, e essa COP simplesmente precisa ser bem-sucedida”, disse Johnson durante o encontro virtual do MEF. Para tanto, ele pediu aos países que “venham a Glasgow armados com compromissos que nos permitirão manter a meta de aquecimento de 1,5°C ao nosso alcance e nos levar às emissões [líquidas] zero mais cedo ou mais tarde, e esperançosamente em meados do século”. BBC, Reuters e Sky News deram mais informações.
Por outro lado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou aos países sobre o risco de um fracasso político em Glasgow por conta de desconfianças e disputas geopolíticas entre as grandes potências e a falta de ambição dos compromissos climáticos nacionais. “Estamos à beira do abismo e é preciso muito cuidado com o próximo passo. E o próximo passo dos países acontecerá na COP26, em Glasgow”, disse Guterres à Reuters. Para a Bloomberg, o chefe da ONU foi mais direto em suas críticas, ressaltando que as “relações disfuncionais” entre EUA e China podem dificultar a cooperação climática global.
Fonte: ClimaInfo
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