A Amazônia pode perder 2.714 km2 de floresta nos próximos 12 meses, de acordo com estimativas feitas pela plataforma PrevisIA. Lançada nesta semana pelo Imazon e pela Microsoft, a ferramenta utiliza inteligência artificial para analisar imagens de satélite, dados socioeconômicos e projetar tendências de mudança de uso do solo na região amazônica.
As áreas mais vulneráveis ao desmatamento nos próximos meses se concentram no Pará (1.282 km2). A plataforma também identificou áreas protegidas que estão ameaçadas pelo desmatamento. Ao todo, 48 Terras Indígenas e 18 Unidades de Conservação estão sob risco alto ou muito alto de desmate. Cleide Carvalho destacou esses dados n’O Globo.
Falando em desmatamento, o jornal francês La Croix repercutiu os números recentes de destruição florestal na Amazônia brasileira. A reportagem citou estudos que identificaram o risco cada vez maior da Amazônia atingir um “ponto de inflexão” ecossistêmico e climático, a partir do qual o saldo de absorção de carbono pela vegetação passa a ser negativo – ou seja, a floresta emitiria mais carbono do que o absorveria. O artigo também abordou os tropeços do governo brasileiro no combate ao desmatamento e o avanço de pautas antiambientais no Congresso Nacional. A RFI também repercutiu essa reportagem.
Em tempo: Na Newsweek norte-americana, a pesquisadora Isabel Schatzschneider (Universidade de Erlangen-Nuremberg, Alemanha) ressalta os impactos da destruição florestal na Amazônia e o risco de que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia intensifique a derrubada da floresta. Ela ressaltou que a UE precisa forçar os governos do Mercosul (em particular, o brasileiro) a reverter a tendência destrutiva e o avanço de projetos que fragilizam a proteção ambiental, sob o risco de perderem acesso ao mercado europeu.
Fonte: ClimaInfo
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