Ontem (26/7), celebrou-se o Dia Internacional para Conservação dos Manguezais, um ecossistema litorâneo que pode nos ajudar a conter o aquecimento global, mas que vem sofrendo com a devastação crescente em todo o mundo. Um estudo da Global Mangrove Alliance (GMA) lançado nesta 2ª feira mostrou que os humanos são responsáveis por mais de 60% das perdas desse ecossistema, com a conversão desse terreno para agricultura e urbanização como dois dos principais fatores por trás desse prejuízo. Hoje, existem 136 mil km2 de manguezais remanescentes em todo o mundo (uma área do tamanho da Costa Rica) e quase 20% desse ecossistema estão na Indonésia e em outros países do Sudeste Asiático.
“Estamos em uma encruzilhada. A ciência nos mostrou dados convincentes que descrevem o imenso valor dos manguezais para as pessoas – para absorção de carbono, adaptação climática, oferta de peixes e madeira, proteção costeira, turismo e muito mais”, observou Mark Spalding, da The Nature Conservancy (TNC), envolvido na pesquisa. “Os manguezais são um grande ativo, mas se deixarmos de valorizá-los e protegê-los adequadamente, perderemos mais do que qualquer investimento financeiro já feito neles”.
O Globo Rural e a CNN Brasil destacaram a situação dos mangues no Brasil. Dados do ICMBio de 2018 mostraram que 40% das áreas naturais desse ecossistema no país desapareceram ao longo do século passado, principalmente nas regiões Nordeste e Sudeste. A maior parte dos manguezais remanescentes no Brasil está na Amazônia, com mais de 1,2 milhão de hectares ainda existentes. O problema é que, com o avanço do desmatamento, essas áreas estão cada vez mais ameaçadas.
Fonte: ClimaInfo
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