O avanço do agronegócio e a perda de biodiversidade estão associados à dispersão de doenças como malária, dengue, doença de Chagas e leishmaniose na Amazônia, concluíram pesquisadores brasileiros em um novo estudo. O trabalho analisou a distribuição de onze doenças tropicais em território amazônico, comparando-a com as trajetórias de desmatamento observadas nas últimas décadas que foram associadas tanto a projetos tecnoprodutivos (baseados na agropecuária) como também agroextrativistas.
De acordo com a pesquisa, a malária prevalece em municípios agroextrativistas e com cobertura florestal. Já dengue e chikungunya ocorrem mais frequentemente em áreas de expansão urbana recente. A leishmaniose, por sua vez, tem sido mais registrada em municípios com grandes rebanhos de animais e altas taxas de desmatamento e perda de biodiversidade. O estudo também analisou a ocorrência de COVID-19 na Amazônia, mostrando a disseminação da doença em todos os municípios da região.
Os resultados foram publicados na revista Frontiers in Public Health. O estudo recebeu destaque na Carta Capital, Poder360 e UOL.
Em tempo: A Assembleia Legislativa de Rondônia também incorporou o espírito da “boiada” antiambiental de Bolsonaro e revogou, por unanimidade, a criação do Parque Estadual (PES) Ilha das Flores, assinada em maio pelo governador Cel. Marcos Rocha para compensar a redução de 219 mil hectares em Unidades de Conservação do estado. O responsável pelo veto legislativo foi o deputado estadual Jean Oliveira, investigado por grilagem em uma Unidade de Conservação e por cogitar o assassinato de um procurador do Estado. O relato completo, feito por Fabiano Maisonnave, está na Folha.
Fonte: ClimaInfo
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