Poucos meses após encerrar a Operação Verde Brasil 2, o governo Bolsonaro se prepara para decretar uma nova operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Amazônia. O presidente Bolsonaro conversou ontem (9/6) com o vice-presidente Mourão, defensor de uma nova ação militar na Amazônia para conter o desmatamento e as queimadas, e deve assinar o decreto nos próximos dias. Para o Valor, Mourão afirmou que a nova GLO teria validade de três meses, com um orçamento de R$ 75 milhões do ministério da defesa. Ao mesmo tempo, o vice reforçou que os militares sozinhos não serão capazes de fazer o trabalho de fiscalização e cobrou a atuação dos órgãos ambientais, como IBAMA e ICMBio.
Enquanto isso, no exterior, a má fama ambiental de Bolsonaro segue maculando a imagem internacional do Brasil. Dessa vez, a revista Rolling Stone publicou uma longa reportagem, assinada por Jeff Goodell, que pinta o presidente brasileiro como “o negador climático mais perigoso do mundo”. O texto destacou o desmonte da política ambiental, o enfraquecimento da fiscalização, o sucateamento dos órgãos de proteção, os ataques aos Povos Indígenas, e a escalada dos números sobre desmatamento e queimadas sob a gestão de Bolsonaro e Ricardo Salles. “Não há (ainda) prisão para criminosos climáticos, mas se houvesse, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro teria uma cela infestada de aranhas só para ele”, escreveu Goodell.
Em tempo: No Acre, a escalada do desmatamento não impede autoridades locais de avançarem com novos projetos que poderão intensificar ainda mais a destruição da Amazônia. O Eco repercutiu dois projetos de rodovias no estado que atravessariam áreas de preservação florestal, inclusive terrenos de vegetação intocada na região do Alto Rio Purus. Os dois projetos contam com o apoio entusiasmado do governo do AC e do senador ruralista Marcio Bittar.
Fonte: ClimaInfo
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