Os modelos de previsão do tempo dos meteorologistas evoluíram muito ao longo das últimas décadas e são capazes de dizer o que acontecerá no intervalo de horas e dias em locais precisamente definidos do planeta. Os modelos climáticos também evoluíram enormemente, mas trabalham com limites de espaço bem maiores – dezenas ou centenas de quilômetros quadrados e tempos medidos em décadas. Cada uma das duas famílias exige supercomputadores top de linha. Pesquisadores europeus estão trabalhando para fazer uma versão digital da Terra, um sistema projetado para casar os dois.
Para tanto, toda a arquitetura do hardware e do software será projetada em conjunto. Junto, muitos algoritmos de inteligência artificial tanto para validar dados novos alimentando o sistema como para ajudar e otimizar simulações e outras situações criadas pelos usuários.
O projeto foi batizado de Destination Earth e esse “gêmeo” digital da Terra mapeará a evolução do clima e seus eventos extremos com a maior precisão possível no espaço e no tempo. Um dos responsáveis pelo projeto, Peter Bauer, exemplificou: “Se alguém está planejando construir um dique de dois metros de altura na Holanda, por exemplo, posso examinar os dados e verificar, com toda a probabilidade, se o dique ainda protegerá contra eventos extremos esperados em 2050”.
Bauer e colegas publicaram um artigo sobre o projeto na Nature Computational Science que foi comentado na Phys.org. Uma tradução dessa matéria saiu na Galileu.
Fonte: ClimaInfo
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