Um dia depois da divulgação dos dados oficiais de aumento do desmatamento da Amazônia, o governo francês anunciou um plano para aumentar cultivo de leguminosas para driblar o “desmatamento importado”. O governo e o setor agrícola franceses “se comprometeram ontem (1/12) a aumentar em 40% as áreas destinadas ao cultivo de plantas ricas em proteínas em apenas três anos. Isso equivale a 400.000 hectares extra de terra para cultivo até 2023″, informa a Veja.
No texto da revista: “O ministro da Agricultura, Julien Denormandie, afirmou ainda que essa é uma etapa “intermediária”: em dez anos, o governo promete dobrar a área cultivada, chegando a 2 milhões de hectares dedicados ao cultivo de oleaginosas e leguminosas em 2030.
Os produtores franceses assinaram uma “carta de compromisso”, prometendo respeitar a meta em troca de ajuda financeira, no valor de 100 milhões de euros (quase 630 milhões de reais) durante dois anos, para incentivar o cultivo e a pesquisa de proteaginosas.
Segundo Denormandie, a empreitada tem como objetivo a “garantia da ‘soberania agroalimentar’ e o fim da importação de soja ligada ao desmatamento.”
E por que o anúncio é importante para o Brasil? Ainda segundo a Veja, porque a França é o maior importador “de farelo de soja brasileiro na União Europeia: das 2,2 milhões de toneladas que atravessaram suas fronteiras no último ano, mais de 88% veio do Brasil.”
Mais dia menos dia a política antiambiental de Bolsonaro e seus ataques aos países compradores das nossas commodities agrícolas teriam consequências sérias para o agronegócio, e este dia chegou, para a surpresa de ninguém.
O G1 e o UOL, além de vários sites do agro também informaram sobre o plano francês.
Fonte: ClimaInfo
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