A energia geotérmica tem sido encarada como o “patinho feio” das fontes renováveis: por décadas, a tecnologia foi vista com ceticismo pelo mercado de energia, que questionava sua viabilidade técnica e econômica. Mas isso pode estar começando a mudar.
A Vox publicou um panorama abrangente da situação atual da geração de eletricidades geotérmica, marcada por novas tecnologias que prometem facilitar a exploração da fonte com mais segurança e custos mais baixos. Para seus defensores, a energia geotérmica pode ser a peça que falta no tabuleiro da geração renovável de energia: inesgotável, ela poderia complementar as gerações eólica e solar de maneira limpa em praticamente todo o mundo. A fonte também pode ser uma nova oportunidade de negócios para a indústria do petróleo e gás, cada vez mais pressionada pelos baixos preços de seus produtos e pelas restrições crescentes aos combustíveis fósseis.
Em tempo: Uma enorme “fazenda” de painéis solares está sendo erguida no Texas, ao custo de US$ 416 milhões. Boa notícia, não? Mas a energia ali gerada poderá ser utilizada pela Shell para alimentar as operações de fracking na bacia do Permiano, o que seria um curioso emprego da energia limpa: gerar energia suja. O DeSmog revelou que um dos principais financiadores do projeto é a gigante tech Facebook, que inclui a iniciativa no seu plano de descarbonização de 100% de suas operações administrativas e de seus data centers até 2020. Até aí tudo certo, mas a reportagem informa que o empreendimento está a cargo da empresa de energia renovável Longroad Energy, a qual também tem um contrato de fornecimento de energia para a Shell, a qual prevê o uso da energia gerada por essa fazenda solar.
Fonte: ClimaInfo
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