As primeira duas décadas do século XXI testemunharam um aumento impressionante de desastres climáticos, o que prenuncia perigos ainda maiores no futuro, especialmente nas nações mais pobres e vulneráveis. Esse é o alerta dado pelo Escritório da ONU sobre Redução de Risco de Desastres (UNDRR, sigla em inglês), que marca o Dia Internacional da Redução de Risco de Desastres, celebrado nesta 3ª feira (13/10).
De acordo com Mami Mizutori, chefe da UNDRR e representante especial do secretário-geral da ONU para o tema, as probabilidades são contra as agências de gestão de desastre, já que os países industrializados seguem “falhando miseravelmente” na redução de suas emissões de carbono.
Um levantamento produzido pelo Centro de Pesquisa sobre Epidemiologia de Desastres da Universidade Católica de Louvain (Bélgica) identificou 7.348 eventos de desastre em todo o mundo desde 2000. Esses desastres causaram a morte de 1,23 milhão de pessoas (aproximadamente 60 mil por ano) e prejudicaram a vida de outras 4 bilhões de pessoas, além de gerar um prejuízo econômico que supera os US$ 2,9 trilhões. Esses números são muito superiores aos registrados no período anterior de 20 anos (1980 a 1999): 4.212 desastres, com 1,19 milhão de mortes, mais de três bilhões de atingidos, e perdas econômicas de US$ 1,63 trilhão.
“Se continuarmos com esse nível crescente de eventos climáticos extremos nos próximos 20 anos, o futuro da humanidade será sombrio”, disse Debarati Guha-Sapir, da Universidade de Louvain, uma das responsáveis pelo levantamento. Reuters deu mais detalhes.
Fonte: ClimaInfo
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