Respeito as opiniões contrárias mesmo não as gostando, afinal tudo é incerto, mas o ano de 2023 foi pródigo em previsões erradas de muitos economistas, tanto no Brasil como no exterior, passaram muito longe da realidade
Por Gilmar Freitas
__________________
Anunciadores do apocalipse multiplicam-se e angariam seguidores. Estão sempre apostando no “quanto pior melhor”. Muitas pessoas, entre elas vários economistas, pensam dessa maneira. Eu, sem medo de ser diferente, sou contrário a esse pensamento, as previsões pessimistas em economia são combustíveis para que desestimulem os setores produtivos, provocando efeito negativo para os negócios.
Aprendi que economia não é uma ciência exata, é uma ciência social, nós usamos a estatística e várias outras ferramentas para fazer previsões, mas se elas não se concretizam, é porque tratamos de fenômenos criados pelo ser humano e que dependem de sua atuação para existir. A macroeconomia, como a microeconomia, segue “leis econômicas” bem estabelecidas e baseadas no comportamento humano, individual e coletivo.
Isso faz com que a economia tenha muitas incertezas, pois envolvem expectativas às vezes baseadas em fatos e outras vezes em boatos. Esperar que a economia previsse o futuro com certeza seria ilusório, nem a física consegue. A economia é uma ciência, mas não é exata porque em tudo que o “fator humano” interfere não pode ser
Leia também:
O “quanto pior melhor” ou “quero ver o circo pegar fogo” são atitudes que só trazem o pessimismo sem se importar com o destino do Brasil e das futuras gerações.
Respeito as opiniões contrárias mesmo não as gostando, afinal tudo é incerto, mas o ano de 2023 foi pródigo em previsões erradas de muitos economistas, tanto no Brasil como no exterior, passaram muito longe da realidade
Conforme dados econômicos já levantados, o crescimento do produto interno bruto (PIB) do Brasil deve ficar em torno de 3%, havia sido projetado quatro vezes menor, um ano antes. A inflação está dentro do intervalo de tolerância do sistema de metas, em torno de 4,5%. A Selic está em 11,75% nominais ao ano, isto é, 0,5 pontos percentuais abaixo da projeção. O dólar está previsto de ficar em torno de R$ 4,90, menor 7% do que era estimado. Na quinta-feira última o dólar comercial estava cotado em R$ 4,86.
Sempre fui otimista, acreditando em dias melhores, embora os percalços sempre apareçam. Tenho esperanças de que se concretizem os bons propósitos dos brasileiros, que desejam um país melhor e mais justo.
Por isso desejo que este ano, além do desenvolvimento da moderna indústria instalada no Polo Industrial de Manaus (PIM), haja uma política para a nossa Zona Franca de Manaus (ZFM) que promova também a economia verde. A sustentabilidade é a nossa vocação como região de floresta, utilizando com mais objetividade a pesquisa e a inovação tecnológica, bem como desenvolvendo uma infraestrutura condizente com o nosso potencial econômico.
Para que sejamos protagonistas de uma neoindustrialização de sustentabilidade que respeite o meio ambiente, devemos fomentar novos polos econômicos, utilizando os recursos naturais e de turismo explorados muito aquém do potencial. Que o ano novo nos traga grandes realizações socioeconômicas
Gilmar Freitas é Assessor Econômico da Presidência da FIEAM
Comentários