Um pacu, peixe amazônico comumente encontrado nas águas da Amazônia, foi localizado morto no Lago Garadice, despertando curiosidade e preocupações ambientais. Este incidente, ocorrido no último fim de semana, a cerca de 140 km de Dublin, capital da Irlanda, é particularmente notável devido à ausência natural deste peixe nas águas europeias.
O pacu, pertencente ao gênero Piaractus, é reconhecido por seu tamanho, podendo atingir até 25 kg; contudo, o exemplar encontrado pesava aproximadamente 2 kg. A descoberta foi feita por Steve Clinch, um pescador e dono de uma pousada local, que notificou as autoridades sobre o achado.
O Inland Fisheries Ireland (IFI), agência governamental responsável pela conservação dos recursos hídricos e pesqueiros, assumiu a investigação do caso. “Ainda não sabemos a origem deste peixe ou como ele veio parar em Garadice”, comunicou o IFI. Duas hipóteses são consideradas: o pacu pode ter sido descartado no lago já morto ou liberado vivo de um aquário particular.
Apesar da presença desse peixe ser um acontecimento isolado – com apenas um espécime encontrado –, o caso gera preocupações sobre potenciais impactos à biodiversidade local. O IFI reitera que, até o momento, não há indicações de uma população estabelecida de pacus no lago, minimizando os riscos ambientais.
Este incidente é contrastado com a situação do peixe-leão, outra espécie invasora que tem causado danos significativos em diversos ecossistemas, incluindo as águas brasileiras. As autoridades continuam a investigação para entender melhor as circunstâncias que levaram à presença deste peixe amazônico em águas irlandesas, e mais informações devem ser divulgadas em breve.
Ibama não identifica exportações legais de peixe amazônico para a Irlanda
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contribuiu com um novo capítulo para o enigma da descoberta de um pacu, peixe originário da Amazônia, em um lago na Irlanda. Segundo o órgão, análises dos últimos 12 meses revelaram que não houve exportações legais de peixes nativos do Brasil para a Irlanda, complicando ainda mais as tentativas de explicar como o peixe chegou a águas irlandesas.
A nota do Ibama amplia o mistério em torno do evento, levantando questões sobre as rotas não oficiais através das quais o pacu pode ter sido transportado e solto no Lago Garadice. Este desenvolvimento reforça as especulações sobre a origem do peixe e os métodos possivelmente utilizados para sua introdução no ecossistema irlandês.
A ausência de registros de exportação legais aponta para a necessidade de uma investigação mais aprofundada sobre o comércio internacional de espécies exóticas e as medidas de controle existentes para prevenir a dispersão de animais não nativos em novos habitats. O caso sublinha a importância de regulamentações rigorosas e da cooperação internacional na gestão da biodiversidade e na prevenção de impactos ambientais adversos associados a espécies invasoras.
*Com informações Terra Noticias Brasil
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