O aumento das queimadas fizeram com que mais de mil pessoas ficassem desabrigadas por conta de incêndios e apresentaram prejuízos para a economia do Brasil
Os incêndios florestais no Brasil atingiram níveis alarmantes em 2024, afetando diretamente 15,4 milhões de pessoas em todo o país. De acordo com um levantamento divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), entre janeiro e setembro deste ano, as queimadas já geraram prejuízos financeiros de R$ 1,3 bilhão e forçaram 1.042 de brasileiros a abandonarem suas casas devido à destruição causada pelo fogo.
O cenário, que é parte da crise climática global, apresenta um agravamento significativo em comparação aos mesmos meses de 2023. No ano passado, apenas 12,4 mil pessoas foram afetadas por incêndios no mesmo período. Este ano, os números saltaram para 15,4 milhões, revelando uma crise ambiental sem precedentes no país.
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, destacou que o período entre agosto e setembro de 2024 foi particularmente devastador, com focos de incêndio e episódios de fumaça se espalhando por diversas regiões, muitas vezes fora dos padrões históricos para esses meses.
Além dos desabrigados, a fumaça gerada pelos incêndios tem agravado problemas de radiação em milhões de brasileiros, aumentando a demanda por atendimentos médicos. A poluição do ar também prejudicou a visibilidade nas estradas e forçou o fechamento temporário de aeroportos em algumas regiões, afetando a logística e o turismo.
Prejuízos bilionários
As perdas financeiras acumuladas até setembro de 2024 já somam R$ 1,3 bilhão, com o agravamento dos incêndios em agosto e setembro sendo responsável por um aumento de 183 mil por cento nos prejuízos em comparação ao ano anterior. Em 2023, no mesmo período, os danos financeiros foram de R$ 29,1 milhões, enquanto este ano os valores explodiram, gerando um impacto econômico sem precedentes.
Entre os setores mais prejudicados estão a agricultura e o turismo, que dependem diretamente das condições climáticas específicas. As queimadas destruíram plantações e reduziram a produção agrícola, afetando a oferta de alimentos no mercado interno e a exportação de commodities.
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