Neste ano, os R$ 73 milhões desembolsados foram destinados a projetos focados em combater crimes de desmatamento e queimadas no Acre, apoiar projetos de restauração florestal, dentre outros
Criado em 2008 para financiar ações de redução de emissões provenientes da degradação florestal e do desmatamento e combater crimes relacionados ao bioma, o Fundo Amazônia investiu apenas 11% dos R$ 634 milhões que recebeu em 2024, o equivalente a R$ 73 milhões. Em 2023, foram R$553 milhões alocados, de R$ 726 milhões em doações. As informações são de um levantamento realizado pelo g1, com base nos dados de transparência disponibilizados pelo fundo.
O mecanismo ficou paralisado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e voltou a funcionar no ano passado. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), administrador do Fundo Amazônia, não detalhou o motivo da quantidade limitada de investimentos e, em nota, informou que as doações feitas “não são destinadas a projetos específicos.” “Os valores recebidos em doações compõem os recursos do fundo, sendo liberados para projetos contratados de acordo com o cronograma de execução das ações, em parcelas”, declara.
“Os desembolsos variam, portanto, de acordo com a carteira de projetos em andamento e os prazos estabelecidos em seus cronogramas físico-financeiros, além da comprovação das atividades realizadas”, pontua o texto.
Neste ano, os R$ 73 milhões desembolsados foram destinados a projetos focados em combater crimes de desmatamento e queimadas no Acre, apoiar projetos de restauração florestal e monitorar o uso e cobertura da terra em todos os biomas, entre outros.
Segundo o BNDES, existem recursos destinados para projetos que ainda não foram repassados. Há também recursos que já foram anunciados, mas que ainda não foram recebidos, como é o caso da União Europeia, que assinou em julho deste ano uma carta de intenção em doar cerca de R$120 milhões ao Fundo.
Os cinco projetos que mais receberam recursos do Fundo Amazônia foram:
- Projeto Rumo ao Desmatamento Ilegal Zero no Acre (R$ 21.410.888)
- Projeto Dabucury: Compartilhando Experiências e Fortalecendo a Gestão Etnoambiental nas Terras Indígenas da Amazônia (R$ 15.140.413)
- Projeto Amazônia Socioambiental (R$ 7.033.091)
- Projeto MapBiomas (R$ 6.171.000)
- Projeto Agroecologia em Rede (R$ 5.748.854)
Comentários