A mudança para fogos silenciosos é mais do que uma nova tendência em celebrações de ano novo. É um símbolo de progresso na consideração do bem-estar coletivo e do respeito às necessidades de todos os seres vivos. Este movimento, iniciado em algumas cidades, tem o potencial de se tornar um novo padrão global, refletindo uma civilização que valoriza a saúde, a paz e a harmonia ambiental
Por Cristy Ellen Lopes
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Neste réveillon, uma inovação significativa foi observada em várias cidades ao redor do mundo, incluindo metrópoles brasileiras como São Paulo e Rio de Janeiro. Estas cidades adotaram uma nova tradição: espetáculos pirotécnicos sem os estrondos habituais. Esta mudança, mais do que uma simples alteração em festividades, representa um avanço significativo para o bem-estar comunitário.
O Impacto dos Fogos Silenciosos
A substituição dos fogos de artifício tradicionais por versões silenciosas tem um impacto profundo. Grupos sensíveis à poluição sonora, como crianças com autismo, idosos, pacientes hospitalizados e animais de estimação, são os maiores beneficiados. Esta medida vem para reconhecer e atender às necessidades de uma parcela da população frequentemente negligenciada durante celebrações públicas
Legislação e Conscientização
Essa iniciativa não é apenas uma escolha de organizadores de eventos, mas também uma transformação legal. Cidades estão promulgando leis para garantir a continuidade dessa prática mais inclusiva. Tal legislação reflete uma crescente conscientização sobre o impacto negativo dos ruídos intensos e da necessidade de construir uma sociedade mais atenta ao bem-estar de todos os seus membros.
Conexão com a Violência e Conflitos Bélicos
Além do impacto direto na qualidade de vida, a tradição dos fogos barulhentos está intrinsecamente ligada à simbologia da violência e dos confrontos bélicos. Os estrondos remetem às bombas e armamentos usados em guerras, evocando imagens de destruição e conflito. A adoção de fogos silenciosos pode ser vista como um passo simbólico rumo à promoção da paz e rejeição da violência
Civilização Predatória
Presente nos votos habituais de final de ano, a paz não pode se esgotar nas boas intenções entre as pessoas. A paz é um componente essencial da sustentabilidade e da inclusão civilizatória. Trata-se de um desafio vital para as nações e para as relações sociais e humanas, e dos seres humanos com o meio ambiente. A guerra contra os estoques naturais que descreve a civilização predatória precisa ser contida para evitar a remoção da vida humana na face da Terra.
Fonte persistente da ansiedade
A poluição sonora, uma persistente e crescente fonte de ansiedade urbana, manifesta-se de diversas formas. Nas ruas, o ronco ensurdecedor do escapamento de uma moto quebra a tranquilidade, provocando sobressaltos e inquietação entre os transeuntes. Dentro dos ônibus, o espaço público é invadido pelo som estridente de vídeos reproduzidos em celulares sem fones de ouvido, criando um ambiente de tensão e desconforto para os passageiros. Nos escritórios, a paz é frequentemente perturbada por celulares abandonados que tocam incessantemente, gerando um ambiente de constrangimento e perturbação contínua
Patologia emocional
Em residências, a aprendizagem musical de um vizinho, acompanhada pelo uso exagerado de amplificadores, transforma a prática de guitarra em uma fonte de estresse, interferindo no sossego e na serenidade do lar. Cada um desses exemplos ilustra como o barulho constante e incontrolável em ambientes urbanos contribui para a escalada de ansiedade e da patologia emocional, desconforto na vida cotidiana das pessoas.
Implicações para a Amazônia
A adoção dessa medida nas cidades da Amazônia, especialmente em suas metrópoles mais adensadas, carrega significados adicionais. A região amazônica, conhecida pela sua rica biodiversidade e harmonia ecológica, sofreria desequilíbrios com a perturbação sonora. Promover fogos silenciosos na Amazônia é um passo em direção à preservação dessa harmonia e respeito à vida em todas as suas formas
Saúde, Paz e Harmonia Ambiental
A mudança para fogos de artifício silenciosos é mais do que uma nova tendência em celebrações de ano novo. É um símbolo de progresso na consideração do bem-estar coletivo e do respeito às necessidades de todos os seres vivos. Este movimento, iniciado em algumas cidades, tem o potencial de se tornar um novo padrão global, refletindo uma civilização que valoriza a saúde, a paz e a harmonia ambiental
*Cristy é Psicóloga e publisher do Portal Brasil Amazônia Agora
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