Estima-se que quase 100 mil quilos de resíduos sólidos, fruto da produção de lixo humana, foram retirados das praias na região de Santos desde 2008
Os microplásticos são um problema tanto para a saúde humana, quanto animal e podem afetar diversos ecossistemas, trazendo impactos ambientais nocivos e significativos. E as praias brasileiras não escapam desse cenário, pelo contrário – o lixo presente nas praias contribui diretamente para a presença das cerca de 171 trilhões de partículas de plástico nos oceanos, somando mais de dois milhões de toneladas de resíduos poluentes.
“Quando vem para o meio ambiente, ele (o plástico) se fragmenta. Esse movimento de maré gera microplásticos que viram nanoplásticos e a grande surpresa é que recentemente pesquisadores encontraram nanopartículas de plástico intracelular”, explica o biólogo Fábio Nunes, que faz parte do Instituto Ecofaxina, um projeto contra a poluição marinha que limpa praias no litoral paulista. Fundado em 2008, em Santos, o grupo já retirou quase 100 mil quilos de resíduos sólidos das praias da região.
Segundo o Pnuma, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o mundo produziu cerca de 139 milhões de toneladas de resíduos plásticos de uso único somente em 2021. Como grande parte desse material acaba nos oceanos e rios, o ambiente aquático sofre os impactos da poluição pelos plásticos e microplásticos.
Estratégias para reverter os impactos da produção de lixo
O plástico pode levar centenas de anos para se decompor, o que traz um problema ainda maior em relação a sua presença no meio ambiente, especialmente nos oceanos. Assim, somadas a ações voluntárias como o Instituto Ecofaxina, outros programas e investimentos tem sido destinados para reverter esse cenário. No Rio de Janeiro, por exemplo, um programa de limpeza de rios foi criado a partir de um investimento de R$ 250 milhões em 85 municípios para prevenir desastres naturais atrelados a poluição pelo plástico.
“Quando vem a chuva e o rio está obstruído, o que acontece? As pessoas, quando não perdem a vida, perdem tudo. Esse é um trabalho para tornar os municípios mais resilientes relacionados aos eventos climáticos severos”, explica Bernardo Rossi, secretário de Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Rio de Janeiro.
Confira a reportagem completa da CNN sobre o tema: