Carlos Fávaro, Ministro da Agricultura, anuncia planos de ampliação de recursos pelo BNDES e adoção de novas tecnologias para enfrentar desafios climáticos e econômicos no setor agrícola.
Carlos Fávaro, o Ministro da Agricultura e Pecuária, anunciou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) planeja aumentar os recursos disponíveis para o setor agrícola. A divulgação oficial está prevista para a próxima sexta-feira, dia 2 de fevereiro de 2024. Fávaro destacou que o governo só vai revelar as medidas estruturais para o setor agrícola “só depois que a equipe econômica fizer o levantamento dos custos” que impactarão o Tesouro.
O segundo comunicado está condicionado a uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ainda está avaliando as ações a serem implementadas na agricultura. Esta terça-feira (30 de janeiro de 2024) marcou um encontro entre Fávaro e o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, focado no plano Safra 2023/2024.
Desafios do Plano Safra
O Ministro da Agricultura expressou que o plano Safra atual é um dos mais desafiadores dos últimos tempos, devido à seca no Centro-Oeste e Nordeste e às chuvas intensas no Sul. Essas condições climáticas adversas têm prejudicado significativamente a produção agrícola do país.
Ele observou que, apesar dos preços das commodities estarem “achatados”, os custos de produção estão elevados e os agricultores enfrentam altos níveis de endividamento. Fávaro reconheceu que o Tesouro Nacional está comprometido com a meta de déficit zero e que ainda estão em curso negociações a esse respeito.
Cenário da Agropecuária brasileira
Fávaro apresentou um panorama da situação atual da agropecuária no Brasil, mencionando uma distorção no mercado: a quebra da safra não tem sido acompanhada por um aumento nos preços. Ele estimou que a produção de soja pode superar em 15 milhões de toneladas a supersafra de 2022/2023, apesar de algumas regiões enfrentarem grandes perdas.
Ele destacou: “Nós temos um endividamento que foi feito nos últimos anos que está aí com um passivo grande para o setor e a conjuntura hoje é de falta de renda”. E acrescentou: “Fazenda começa agora desenhar cenários para que a gente possa apresentar algumas propostas ao setor e possa antecipadamente evitar uma crise que venha acontecer com judicialização, recuperação judicial e inadimplência”.
Limitações do tesouro e novas tecnologias
O Ministro da Agricultura reconheceu as restrições do Tesouro em relação às subvenções para o seguro rural. Apesar da convicção de Haddad em aumentar os recursos, as condições fiscais do país são um impedimento. Diante disso, o Ministério da Agricultura e Pecuária está se voltando para a adoção de novas tecnologias que possam reduzir o custo das apólices e expandir a cobertura do seguro. Essa abordagem, já implementada no México, será incorporada ao Plano Safra 2023/2024.
Fávaro explicou: “O cruzamento de informações tecnológicas e receituários agronômicos para que indique ao produtor a melhor hora de plantar, saindo do período climático na região”. Ele afirmou que essa estratégia tornará a subvenção do seguro rural mais eficiente.
Com informações do Poder360
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