O takahē voltou a ser introduzido na natureza em agosto de 2023, e hoje, essa ave pré-histórica já conta com diversos filhotes
Também conhecido como tacaé-do-sul, a ave takahē, endêmica da Nova Zelândia, voltou à natureza em agosto de 2023 e agora já conta com diversos filhotes e mais de 500 indivíduos no total. A reintrodução da espécie aconteceu graças ao projeto do Departamento de Conservação do país e a comunidade da tribo maori Ngāi Tahu, e foi vista como uma grande vitória em prol da biodiversidade. Nos últimos 50 anos, acreditava-se que a ave estivesse extinta.
O pontapé do processo de reintrodução, em 2023, contou com a libertação de 18 takahēs no Vale de Greenstone, em Whakatipu Waimāori, uma área de propriedade da tribo onde essas aves não eram mais observadas há mais de 100 anos.
“Foi maravilhoso ver o quão bem eles se adaptaram ao seu novo habitat em Greenstone durante o ano passado, chocando filhotes com sucesso e mantendo boa saúde em geral”, comentou Gail Thompson, representante do grupo Ngāi Tahu e uma de suas figuras chave.
O esforço para recuperar o takahē teve início em 1948, com a redescoberta de uma pequena população da espécie nas montanhas Murchison, na região de Fiordland. Desde então, o governo neozelandês tem empreendido um amplo projeto de conservação que se estende por mais de sete décadas, englobando a reprodução em cativeiro, a reintrodução de indivíduos na natureza e a translocação entre ilhas. O objetivo é expandir e estabilizar a população da ave, garantindo sua sobrevivência a longo prazo.
Desafios para o futuro da espécie
Embora o retorno dos takahēs ao seu habitat natural seja motivo de celebração, a proteção da espécie enfrenta desafios significativos. Como aves incapazes de voar, elas são alvos fáceis para predadores como furões, ratos e gatos selvagens. A área de Greenstone, onde a reintrodução ocorreu, é monitorada regularmente para reduzir esses riscos, mas exige esforços constantes de vigilância e controle.
O inverno representa um período crítico, pois a escassez de alimentos pode levar predadores a atacarem os takahēs. Para enfrentar essas ameaças, há um trabalho contínuo em aprimorar as técnicas de manejo e controle de predadores, garantindo a sobrevivência e o crescimento da população na natureza.