Em 2022, a produção agrícola nos 496 municípios do bioma Amazônia alcançou o valor de R$ 118,5 bilhões, de acordo com um estudo do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Deste total, R$ 24,4 bilhões (20,5%) foram provenientes de culturas típicas da região, como açaí, mandioca, café, cacau, banana, cana, dendê, abacaxi, arroz e feijão.
O levantamento aponta que, embora a produção de soja, milho e algodão domine, somando R$ 94,1 bilhões, grande parte dessa produção vem do Mato Grosso, um estado mais ligado ao Cerrado, que contribuiu com R$ 74,4 bilhões. Excluindo o Mato Grosso, a produção destes três produtos no bioma Amazônico seria de R$ 19,8 bilhões.
O estudo também mostrou que a área colhida no bioma em 2022 foi de 13 milhões de hectares, com 11,2 milhões dedicados a soja, milho e algodão, e 1,8 milhão para as demais culturas. Sem considerar o Mato Grosso, a área de soja, milho e algodão se reduz para 2,5 milhões de hectares, ligeiramente acima dos 1,5 milhão de hectares dos outros produtos.
Roberta Possamai, pesquisadora da FGV e coautora do estudo, enfatizou a importância da sustentabilidade e geração de renda na agricultura da região. Ela sugere um equilíbrio entre o cultivo de produtos típicos do bioma e as commodities já estabelecidas para fomentar um desenvolvimento econômico sustentável. Possamai defende a produção ambientalmente sustentável, capaz de dinamizar a economia local e gerar renda, aproveitando tanto os produtos característicos da Amazônia quanto as commodities agrícolas consolidadas.
*Com informações UM SÓ PLANETA
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