No extremo oeste do Acre, próximo à fronteira com o Peru, a Floresta Amazônica tem seus grandes guardiões: os Povos Indígenas. A Terra Indígena Puyanawa, situada em Mâncio Lima e com uma vastidão de 24,5 mil hectares, abriga cerca de 750 indígenas distribuídos em duas aldeias. Mas além de proteger, eles também estão à frente na recuperação das áreas florestais degradadas.
Aliança Reflorestar da Amazônia
Lançado em 2021, o projeto Aliança Reflorestar da Amazônia une associações indígenas, cooperativas de produtores e ONGs em uma iniciativa para promover plantios agroflorestais em Comunidades Tradicionais. O foco são aquelas áreas que tiveram seu território desmatado anteriormente.
Na Terra Puyanawa, 5,8% do território, ou seja, 1.500 hectares, já haviam sido desmatados por fazendeiros que exploraram a área antes de sua demarcação em 2001, conforme informações da Agência Brasil. Puwe Puyanawa lidera a Aliança Reflorestar no território e compartilhou com influenciadores do projeto Creator Academy o trabalho que está sendo feito. “A ideia é… fazer desse lugar um paraíso… ressaltando nossa ancestralidade de cuidado com a floresta”, salientou Puwe Puyanawa.
Enquanto os Puyanawas atuam na recuperação, os Ashaninka, outros Povos Indígenas do Acre, questionam a visão comercial sobre a Amazônia.
Francisco Piyãko, líder Ashaninka, apontou sua preocupação sobre o movimento de atribuição de “preço” à floresta. “A Amazônia não pode ser vista só como um produto de mercado”, alertou.
- Na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, operações recentes resultaram na prisão de garimpeiros ilegais, mostrando o desafio contínuo de proteção dos territórios indígenas.
- Em outro acontecimento perturbador, uma vala comum foi descoberta na Terra Indígena São Marcos, em Barra do Garças (MT). Indícios apontam que os restos mortais podem pertencer a Xavantes vítimas de uma epidemia de sarampo durante a ditadura militar. A descoberta reforça o doloroso legado da ditadura sobre os Povos Indígenas.
O esforço contínuo dos Povos Indígenas para proteger e recuperar a Amazônia é um lembrete do papel vital que desempenham como Guardiões da Floresta. Seu trabalho e dedicação são essenciais para o futuro sustentável do bioma e para a preservação de sua rica biodiversidade.
*Com informações Agência Brasil
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