As pirâmides, reconhecidas mundialmente como maravilhas do Egito, estão, de fato, enraizadas em nossa concepção de civilizações antigas. Porém, a recente descoberta de estruturas semelhantes no coração da Amazônia desafia essa noção e sugere que as Américas guardam segredos ainda não desvendados.
Terra de Mistérios e Hipóteses
O projeto Llanos de Mojos, em 2018, trouxe à tona a existência de estruturas piramidais na Bolívia, espalhadas por até 8 hectares. A evidência dessas estruturas entre 400 e 1400 d.C., juntamente com outros indícios arqueológicos como cemitérios e estradas, insinua uma sociedade anteriormente subestimada em sua complexidade e densidade.
As descobertas fornecem indícios de uma sociedade estruturada e hierarquizada. O enterro de um homem com objetos exóticos, como algemas de metal e adornos com dentes de onça, sugere contatos comerciais vastos, avanços em metalurgia e uma organização social refinada.
Mito e Realidade: A Crônica de Akakor
Os mitos locais, como apresentado por Karl Brugger em 1972, narram sobre civilizações avançadas, como a descrita pelo nativo Tatunka Nara. Seus relatos sobre cidades, como Akahim e Akakor, alimentam a imaginação com histórias de artefatos celestiais que aguardam o retorno de deuses.
Geoglifos e a “Cidade Perdida dos Gigantes”
A presença de Geoglifos, juntamente com a descoberta de um complexo de pirâmides na Amazônia equatoriana em 2016, só intensifica os mistérios da região. As lendas locais e as ferramentas de tamanho incomum encontradas corroboram teorias de uma “Cidade Perdida dos Gigantes”.
Os Incas e a Amazônia Brasileira
A conexão potencial entre os Incas e a Amazônia, evidenciada por descobertas em Rondônia, sugere que a influência dessa poderosa civilização pode ter se estendido muito além do que se acreditava.
O método de construção dessas pirâmides se destaca, diferindo tanto das técnicas egípcias quanto das mesoamericanas. A presença de um material de ligação, reminiscente do cimento, contrasta com o método dos Incas, gerando questionamentos sobre tecnologias construtivas avançadas e desconhecidas.
A rica tapeçaria de descobertas na Amazônia sugere que a história das Américas é mais complexa e multifacetada do que se supunha. Com uma combinação de pesquisa contínua e respeito pelo patrimônio histórico, as próximas páginas da história americana prometem revelações surpreendentes e transformadoras.
Misteriosas Pirâmides na Selva
Em 2019, a comunidade arqueológica foi surpreendida por uma revelação do grupo Andarilho Expedições. De acordo com uma publicação no blog do grupo, foram descobertas três estruturas piramidais ocultas na floresta densa de Rondônia. Antônio, membro da equipe, descreveu esses cumes como pontos alinhados de uma superfície elevada, cada um com uma diferença de 100 metros de altura entre eles. Embora a localização exata das pirâmides permaneça um segredo cuidadosamente guardado, sabe-se que estão situadas dentro de um Parque Nacional no estado.
Antes dessa descoberta, um achado arqueológico igualmente impressionante já havia sido revelado por Joaquim Cunha da Silva, especialista em georreferenciamento. Ele identificou o que acredita ser o primeiro altar da civilização Inca no Brasil. Este santuário, situado em Alta Floresta do Oeste, Rondônia, tem sido objeto de estudo desde 2009.
Proximamente ao altar, foram encontradas outras evidências intrigantes. Uma construção feita de pedra e terra, com um formato piramidal, exibia desenhos de animais e humanos em seu topo. O local também revelou vestígios de cerâmica, além de ferramentas como machadinhas e facas de pedra. Além disso, uma estrutura que pode ser interpretada como um muro ou terraço foi identificada, o que sugere uma possível função agrícola no passado.
Repensando a História
Estes achados em Rondônia apresentam um desafio e uma oportunidade. Desafiam as narrativas convencionais sobre a presença e influência de civilizações antigas no Brasil, ao mesmo tempo que oferecem uma oportunidade inestimável para estudar e entender melhor a história pré-colombiana da região. A presença de pirâmides e santuários, se confirmados por pesquisas futuras, poderá alterar significativamente a maneira como vemos a interação entre as antigas civilizações sul-americanas e a floresta Amazônica.
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