Uma onça-pintada não é, necessariamente, pintada. Ela pode ter variações de cores devido a condições genéticas como o melanismo – produção de melanina acima do comum que dá coloração escura ao indivíduo. Uma dessas raras “onças-pintadas negras” foi vista recentemente no Brasil.
Por Rafael Faustino – Um só Planeta
O flagrante aconteceu no Parque Nacional Grande Sertão Veredas – Unidade de Conservação de 230 mil hectares no Cerrado, entre Minas Gerais e Bahia. Ele foi compartilhado pelo Onçafari, ONG conservacionista que compartilha nas redes sociais imagens de animais registrados por armadilhas fotográficas, instaladas nos locais em que a organização atua.
O Onçafari divulgou um vídeo que mostra, entre diversos animais, uma onça-pintada melânica e seu filhote, pintado. A organização explica que é normal que animais com o melanismo tenham filhotes sem a mesma condição – e o contrário também acontece.
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Desde o início do monitoramento no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, a equipe do Onçafari diz já ter observado a presença de pelo menos 38 espécies de mamíferos e 52 espécies de aves, incluindo algumas espécies raras e ameaçadas de extinção, como o gato-palheiro, o gato-do-mato-pequeno, o tatu-canastra e, é claro, a onça-pintada.
Maior felino das Américas, a onça-pintada pode medir 1,90 metro de comprimento e 80 centímetros de altura. No Brasil, ela pode ser encontrada na Amazônia, na Mata Atlântica, no Pantanal e no Cerrado.
Grandes predadores, elas precisam de grandes áreas preservadas para caçar e sobreviver, o que necessariamente implica em qualidade da água dos rios e das florestas.
Por isso, as onças são consideradas bons indicadores de qualidade do ambiente, indicando a saúde ambiental da região. Mas a destruição de seus habitats pelo homem e a caça ilegal vêm ameaçando essa espécie, que já foi extinta de outras regiões das Américas e também está ameaçada no Brasil.
Texto publicado em UM SÓ PLANETA
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