Do Desmatamento à Bioeconomia: o novo órgão visa representar virada do Brasil para a preservação da Amazônia e seu investimento maciço em pesquisa.
O Brasil está se preparando para dar um salto significativo em direção à preservação da Amazônia. Luciana Santos, Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, anunciou uma iniciativa audaciosa: criar um “IPCC da Amazônia”, inspirado no Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU.
Na preparação para a Cúpula da Amazônia em julho, o ex-presidente Lula já havia lançado luz sobre a necessidade de um corpo científico dedicado à floresta tropical, enfatizando a importância de pesquisas detalhadas sobre este bioma crucial.
Contribuições Iniciais
Os Diálogos Amazônicos recentemente foram palco de importantes contribuições da comunidade científica interamericana. A Rede Interamericana de Academias de Ciência (IANAS) e o Painel Científico para a Amazônia (SPA) apresentaram suas considerações ao governo.
Em uma carta declarativa, a IANAS ressaltou a urgência do combate ao desmatamento e à mineração ilegal. “Isso inclui uma bioeconomia sustentável baseada em florestas e rios saudáveis”, afirmou a organização. A ênfase também foi colocada na necessidade de investimento em pesquisa, educação e fortalecimento da governança.
Por outro lado, o SPA propõe ações práticas: sete programas que abrangem desde o monitoramento do bioma até o fortalecimento da ciência e tecnologia. “A pesquisa científica e tecnológica e os conhecimentos tradicionais deveriam desempenhar um papel crítico”, declara o documento da SPA.
Liderança e Financiamento
Todos os olhos agora se voltam para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que liderará os trabalhos do IPCC da Amazônia.
Além disso, um forte impulso financeiro é esperado. Em uma atualização agendada para segunda-feira (7), espera-se que a Ministra Luciana Santos anuncie um investimento robusto de R$ 3,4 bilhões em Ciência, Tecnologia e Inovação para a região da Amazônia.
Este é um passo significativo para o Brasil na busca por soluções sustentáveis e equilibradas para a Amazônia. Com um investimento substancial e a colaboração de organizações científicas, o país está se posicionando como um líder na conservação da floresta tropical.
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