Noruega anunciou, nesta segunda-feira (11), uma doação significativa de 50 milhões de dólares (aproximadamente R$ 245 milhões) ao Fundo Amazônia
O anúncio foi realizado pelo ministro norueguês para o clima, Andreas Bjelland Eriksen, durante um evento na COP 28 em Dubai, que celebra os 15 anos do Fundo. Presente no encontro estava a ministra brasileira do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
Essa nova contribuição norueguesa marca um retorno aos repasses para o Brasil, após um hiato iniciado em 2018 com a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro. A Noruega, sendo o principal doador do Fundo, havia interrompido as doações devido a questões ambientais no governo Bolsonaro. Com a eleição do presidente Lula, o país escandinavo reafirma seu compromisso com a preservação da Amazônia.
O Fundo Amazônia, estabelecido em 2008, é reconhecido por seu papel pioneiro no combate ao desmatamento e à degradação florestal, financiando projetos que visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Além de apoiar comunidades tradicionais e organizações locais, o Fundo disponibiliza recursos para estados e municípios na região amazônica, visando ações diretas contra o desmatamento e as queimadas.
Em 2019, por exemplo, o Fundo financiou a compra de um avião no valor de R$ 12 milhões, utilizado em Rondônia para combater incêndios florestais e mapear queimadas. Eriksen destacou a queda do desmatamento sob a liderança de Lula e Marina Silva como um fator chave para a renovação do apoio da Noruega.
O ministro norueguês enfatizou a necessidade de uma cooperação sem precedentes para combater o desmatamento na Amazônia nesta década. O programa, que havia sido paralisado em 2019 pelo governo Bolsonaro, conta com mais de R$ 3 bilhões em caixa, contribuídos principalmente pela Noruega e pela Alemanha, responsáveis por mais de 99% dos depósitos.
No início deste mês, o BNDES e o governo do Reino Unido também reforçaram seu apoio ao Fundo Amazônia, com uma doação de 80 milhões de libras (cerca de R$ 500 milhões), indicando um crescente interesse internacional na preservação da maior floresta tropical do mundo.
*Com informações G1
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