O MPF do Amapá enfatiza sua objeção, solicitando ao Ibama que rejeite a proposta da Petrobras
O Ministério Público Federal do Amapá renovou sua recomendação para que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) rejeite a licença de perfuração proposta pela Petrobras para o bloco FZA-M-59 na Bacia da Foz do Amazonas.
No dia 25 de maio, a estatal de energia recorreu da decisão adversa do órgão ambiental, buscando permissão para começar a perfuração do primeiro poço em uma campanha exploratória naquela região promissora. O impulso para essa exploração é a esperança de replicar no Brasil as descobertas feitas na Guiana.
O órgão afirmou: “A recomendação reitera os termos de um documento anterior enviado quando a Petrobras fez seu primeiro pedido, destacando as incongruências da solicitação.”
Preocupações ambientais em pauta
Uma preocupação primária mencionada pelo Ministério Público Federal é a ausência das Avaliações Ambientais Estratégicas (AAAS) na Foz do Amazonas. Tal estudo, que é de responsabilidade do governo federal e não das empresas, determina se uma bacia é adequada ou não para a exploração petrolífera.
Conflitos governamentais
A ausência da AAAS gerou divisões no governo. Enquanto o Ibama e o MPF entendem que tal avaliação é crucial, a Petrobras e o MME veem a questão como pertinente apenas à oferta de áreas em leilões. Vale ressaltar que os blocos em questão foram licenciados em 2013.
Preocupações com o conteúdo local
Outras organizações, como a FUP e o Sindipetro-NF, expressaram preocupações sobre o edital da petroleira para o projeto FPSO de Barracuda e Caratinga. A principal crítica é a exigência de um conteúdo local de apenas 10%, com isenção de multa por não conformidade.
Tendências globais em exploração de petróleo
Em uma nota lateral, mas relevante, recentemente o Equador viu sua população votar contra a exploração petrolífera em partes da Amazônia do país. Além disso, a Rússia continua a dominar o fornecimento de petróleo para a China, com um aumento de 13% nos embarques ano a ano.
Impactos econômicos e de mercado
No mercado futuro, o preço do petróleo permanece acima dos US$ 85, apesar das expectativas de demanda enfraquecida. No cenário nacional, os preços da gasolina e do diesel viram aumentos significativos na última semana.
Cooperação internacional
Na frente internacional, o ex-presidente Lula chegou a Joanesburgo para a cúpula dos Brics, com o objetivo de buscar recursos para financiar projetos de energia no Brasil, além de discutir a redução da dependência do dólar em transações.
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