Fizeram-nos ter a esperança renovada, mostraram aos parlamentares de todo o país as discrepâncias que existem em cada região e em cada estado, demonstrando que devem ser tratados igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade.
Por Gilmar Freitas
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Após a aprovação da PEC da reforma tributária na Câmara dos Deputados em dois turnos, parte-se agora para as discussões no Senado. A reforma tributária foi aprovada com a votação favorável de quase todos os parlamentares do Amazonas, que souberam focar no objetivo da vez, ou seja, assegurar que fossem incluídos no texto aprovado artigos que possibilitam garantir a competitividade da produção industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM) e criação do Fundo de Desenvolvimento, que servirá para diversificar a produção, desenvolver outras matrizes econômicas e compensar as perdas de arrecadação do Estado do Amazonas.
A bancada amazonense, apoiada pelo governador do Amazonas e seus técnicos, assessores e entidades de classe, conseguiu convencer adversários, desfazer preconceitos e angariar credibilidade para suas propostas. Houve discussões políticas nas quais a estratégia, a inteligência e a coragem foram muito importantes.
Não sou dado a falsos elogios, reconheço que na bancada de parlamentares do nosso estado destacam-se nomes que têm relevância no cenário político nacional e são líderes em seus partidos.
Fizeram-nos ter a esperança renovada, mostraram aos parlamentares de todo o país as discrepâncias que existem em cada região e em cada estado, demonstrando que devem ser tratados igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade.
Podemos, portanto, considerar vitoriosa essa etapa de aprovação da PEC, o porvir exigirá muito mais união e ação de todos, principalmente da classe política. Deixemos de lado as posições ideológicas, partidárias e as vantagens pessoais, o que está em jogo é o bem maior de toda a população da Amazônia Ocidental, em particular do estado do Amazonas.
Portanto, devemos ter paciência e estratégia de atuação para conseguir um bom resultado. Quem muito ambiciona arrisca-se a perder grande parte no final, pois nem tudo na vida política acontece como desejamos, existem muitos obstáculos até chegar à vitória. “O ótimo é inimigo do bom”. Como diz um ditado popular: “Quem tudo quer, tudo perde”. Não podemos querer ter tudo, é necessário alcançar um objetivo por vez.
A crítica dos insatisfeitos com os resultados da votação da PEC nos faz lembrar uma frase famosa atribuída a Abraham Lincoln, que diz: “Para você que está chegando agora, criticando o que está feito, deveria estar aqui na hora de fazer. Não sejas um especialista em usar a crítica ao que está feito como pretexto para nada fazer. Assina aquele que fez, quando no momento de fazer, não se sabia como”.
Nas discussões no Senado contamos com nossos aguerridos representantes para consolidar o que foi até aqui conquistado e, se possível, melhorar as condições de progresso e viabilidade da ZFM, projeto de desenvolvimento mais importante da Amazônia Ocidental e Amapá. Somente com a união de propósito lograremos êxito quando da aprovação definitiva da reforma tributária, alcançando a tão merecida continuação do nosso desenvolvimento e crescimento econômico e social.
Gilmar Freitas é Assessor Econômico da Presidência da FIEAM
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