O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) lançou um programa ambicioso de restauração da Floresta Amazônica, com o objetivo de revitalizar 60.000 km² de terras degradadas até 2030. Anunciado na COP28 em Dubai, o programa Arco de Restauração visa também remover 1,65 bilhão de toneladas de carbono da atmosfera, utilizando um financiamento de até 1 bilhão de reais até 2024.
Durante a cúpula climática da ONU em Dubai, a COP28, o BNDES apresentou um plano significativo para combater a crise climática. O programa Arco de Restauração busca restaurar uma área quase do tamanho da Letônia, dentro da floresta amazônica, até o ano de 2030. O projeto prevê um investimento inicial de 450 milhões de reais em 2023.
Além de restaurar terras degradadas, o programa tem como meta a remoção de 1,65 bilhão de toneladas de carbono da atmosfera. A iniciativa é vital para a Amazônia, um ecossistema crucial no sequestro de carbono e lar de diversas espécies ameaçadas de extinção.
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, destacou a urgência de medidas além da prevenção ao desmatamento. Segundo ele, o reflorestamento é uma resposta econômica e eficiente à crise climática.
Carlos Nobre, cientista ambiental da Universidade de São Paulo e proponente do conceito do Arco de Restauração, ressaltou a importância do projeto. Ele alerta que a Amazônia está próxima de um ponto de inflexão, onde poderia transformar-se em savana. Segundo Nobre, a restauração de aproximadamente 700.000 km² da Amazônia é crucial para evitar esse cenário, com quase metade da área necessitando replantio ativo, a um custo estimado de 20 bilhões de dólares.
Apesar do consenso científico sobre a necessidade de restaurar florestas para atingir metas climáticas ambiciosas, a implementação enfrenta desafios como a falta de financiamento, dificuldades técnicas e resistência de grupos criminosos que exploram ilegalmente a floresta.
O programa Arco de Restauração do BNDES é um passo significativo na luta contra as mudanças climáticas e na preservação da Floresta Amazônica. Enquanto a iniciativa promete avanços ambientais importantes, os desafios práticos e financeiros permanecem como obstáculos a serem superados.
*Com informações BRASIL 247
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