Agosto de 2023 registra 47,5% menos focos de calor na Amazônia do que o mesmo mês do ano passado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
A Amazônia, frequentemente apelidada de “pulmão do mundo,” pode estar ganhando um fôlego em sua luta contra a devastação. Dados recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam uma redução significativa no número de focos de calor na região em agosto deste ano. A diminuição é de 47,5% em relação ao mesmo mês em 2022, marcando o terceiro menor valor registrado na última década.
Cenário otimista
O INPE computou 17 mil focos de calor na Amazônia em agosto de 2023, em comparação com os 33 mil focos registrados no mesmo mês do ano passado. Este valor também está 35% abaixo da média para o mês, que é de 26,5 mil focos.
A distribuição dos focos de calor não é uniforme. O estado do Pará liderou as estatísticas com 6.725 focos, seguido pelo Amazonas (5.474), Mato Grosso (2.626), Rondônia (1.715) e Acre (1.388). Este dado pode servir como um indicador para a alocação de recursos de combate a incêndios futuros.
Tendência geral de 2023
Curiosamente, desde janeiro deste ano, apenas o mês de maio apresentou um número de queimadas menor em relação ao mesmo período de 2022. Em todos os outros meses, houve um aumento, tornando a significativa queda em agosto ainda mais notável.
Ações do governo
O Presidente Lula, em uma iniciativa para combater as queimadas, convocou os prefeitos das cidades amazônicas para trabalhar em conjunto com o governo federal. “Se a gente compartilhar as nossas decisões com os prefeitos… a gente vai ter muito mais resultado,” disse o presidente. Ele também sugeriu a possibilidade de premiar municípios que apresentem bons resultados na preservação do bioma, embora os detalhes ainda não tenham sido elaborados.
O mês de agosto geralmente é crítico para a Amazônia devido às queimadas. A queda significativa no número de focos de calor é uma notícia alentadora, mas ainda há muito a ser feito. O compromisso dos governos federal e locais, bem como a conscientização e participação da população, serão essenciais para manter essa tendência positiva.
Comentários