Os botos amazônicos, também chamados de golfinhos amazônicos, são um dos animais símbolos dos rios dessa região. Lá são encontradas duas espécies destes mamíferos aquáticos: o boto cor-de-rosa (Inia geoffrensis, também conhecido como boto-vermelho) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis). Ambas estão na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês), que atualiza anualmente a situação das espécies em risco de extinção no planeta. Estima-se que a população desses cetáceos, os maiores golfinhos de água doce do planeta, cai pela metade a cada dez anos.
Uma das principais ameaças a esses animais é a pesca da piracatinga (Calophysus macropterus), um tipo de peixe bagre bastante popular na Amazônia, sobretudo, na Colômbia, mesmo apesar de seu comércio ser proibido naquele país, já que ele possui altíssimas concentrações de mercúrio e outros tóxicos danosos à saúde. Apesar disso, ele é vendido ilegalmente e a carne do boto é usada como isca para atraí-lo.
Mas desde janeiro de 2015, há uma moratória dos Ministérios do Meio Ambiente e da Secretaria da Pesca e Aquicultura que proíbe a pesca e comercialização da piracatinga no Brasil.
A princípio a moratória teria duração de cinco anos e iria até 2020, mas ela foi prorrogada até 30 de junho de 2022, ou seja, ESTE MÊS!
De acordo com biólogos, são necessários no mínimo 12 anos para se estudar o real impacto de uma lei vigente na proteção destas espécies, por isso eles defendem que a moratória seja estendida por tempo indeterminado, caso contrário, eles temem pela extinção dos botos amazônicos.
A organização Sea Shepherd lançou uma petição online, que você pode assinar neste link, para pressionar as autoridades brasileiras a não liberarem a caça da piracatinga. Assine já!
Texto publicado originalmente em Conexão Planeta 07/06/2022
Comentários