O Prêmio Nobel reconheceu 2 mulheres, 10 homens e 2 instituições por pesquisas, descobertas e contribuições para a humanidade
Todos os anos, aqueles que se contribuíram de forma significativa para a ciência e diferentes áreas do desenvolvimento humano recebem como reconhecimento o famoso Prêmio Nobel, nas categorias Medicina ou Fisiologia, Física e Química, Paz, Literatura e Economia.
O reconhecimento a pessoas e instituições que realizaram pesquisas, descobertas e contribuições importantes para a humanidade foi o último pedido em vida do cientista sueco Alfred Nobel, que em 1985 estabeleceu a premiação. Em 1901, foram concedidos pela primeira vez os Prêmios Nobel de Literatura, Paz, Química, Física e Fisiologia ou Medicina.
Em 2022, os prêmios foram anunciados no início de outubro para 2 mulheres, 10 homens e duas instituições. A cerimônia de gala de entrega das medalhas está agendada para dezembro, em Estocolmo, na Suécia. Cada categoria dá direito a uma medalha de ouro para cada laureado e um prêmio em dinheiro de 10 milhões de coroas suecas, cerca de R$ 4,8 milhões. No caso de prêmios conjuntos em alguma categoria, o valor é dividido em partes iguais entre os premiados.
Veja quem recebeu o Prêmio Nobel em 2022:
Nobel de Medicina
O geneticista sueco Svante Pääbo foi premiado por desenvolver formas de recuperar, sequenciar e analisar o material genético de dos neandertais, além de ter descoberto o homem de Denisova, uma nova espécie. Com 67 anos, Svante é diretor do Departamento de Genética no Instituto Max Planck de Antropologia Evoluitva, em Leipzig, na Alemanha, e professor do Instituto Okinawa de Ciência e Tecnologia, no Japão.
Para saber mais sobre o trabalho do professor Svante Pääbo, confira a matéria da Revista Pesquisa Fapesp.
Nobel de Física
O francês Alain Aspect, o americano John Clauser e o austríaco Anton Zeillinger receberam o Prêmio Nobel de física graças a experimentos que comprovam o potencial de um fenômeno conhecido como emaranhamento quântico. Nas palavras da Real Academia de Ciências da Suécia, os três realizaram “experimentos com fótons (partículas de luz) emaranhadas e foram pioneiros da “ciência da informação quântica”.
Para saber mais sobre o trabalho dos três, confira a matéria da Revista Pesquisa Fapesp.
Nobel de Química
Dois americanos, Karl Barry Sharpless e Corlyn Bertozzi, e um dinamarquês, Morten Medl, vão receber o Prêmio Nobel de Química em reconhecimento ao trabalho de desenvolvimento de técnicas que unem moléculas com rapidez e segurança. Os três criaram técnicas que tornam as reações químicas mais rápidas e eficientes.
Em 2001, eles lançaram as bases da chamada química do clique, técnica na qual as moléculas de uma reação química se unem como as peças de um lego, fazendo um clique quando se encaixam.
Para saber mais sobre o trabalho dos três, confira a matéria da Revista Pesquisa Fapesp.
Nobel de Literatura
A escritora francesa Annie Ernaux reinventou o gênero autobiográfico, trazendo temas como aborto e erotismo para a sua obra. Annie, professora aposentada de literatura, é a a primeira mulher francesa a conquistar o prêmio.
De acordo com a academia ela foi premiada pela sua “coragem e acuidade clínica para descortinar as raízes, os estranhamentos e os constrangimentos coletivos da memória pessoal”, além de trazer importantes reflexões sobre “uma vida marcada por grandes disparidades de gênero, linguagem e classe”.
Para saber mais sobre Annie, sua história e seu trabalho, leia a matéria da Revista Pesquisa Fapesp.
Nobel da Paz
O ativista bielorrusso Ales Bialiatski, o Center of Civil Liberties, da Ucrânia, e a organização Memorial da R´ssia, vão receber o Prêmio Nobel da Paz pela defesa dos direitos humanos na Rússia, Ucrânia e Belarus. O reconhecimento vem no mesmo ano em que a Europa enfrenta a sua maior guerra, desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
“Os laureados representam a sociedade civil em seus países de origem. Por muitos anos defenderam o direito de criticar os poderosos e proteger os direitos fundamentais dos cidadãos. Fizeram um esforço incomum para documentar crimes de guerra, abusos de direitos humanos e de poder, explicou a advgada norueguesa e presidente do Cmomitê do Nobel, Berit Reiss-Andersen.
Conheça a história de ativismo dos premiados na matéria da Revista Pesquisa Fapesp.
Nobel de Economia
Três americanos vão ser premiados em 2022 por suas contribuições para a compreensão do funcionamento do sistema bancário e de seu papel em crises financeiras. Os economistas Ben Bernanke, ex-presidente do Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), Douglas Diamond, professor da Universidade de Chicago, e Philip Dybvig, da Universidade de Washington,
Segundo o membro da comissão do prêmio, John Hassler, do Instituto de Estudos Econômicos Internacionais da Universidade de Estocolmo, “os laureados forneceram uma base para nossa compreensão moderna de por que os bancos são necessários, também por que são vulneráveis e o que se pode fazer a respeito disso”.
Para saber mais sobre o trabalho desenvolvido pelos três economistas, confira a matéria da Revista Pesquisa Fapesp.
Fonte: CicloVivo
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