País europeu é o maior doador do Fundo Amazônia, paralisado em 2019 depois de mudanças promovidas em sua gestão pelo então ministro Ricardo Salles
O ministro do Meio Ambiente e Clima da Noruega, Espen Barth Eide, informou que o país está pronto para retomar os pagamentos ao Brasil pela prevenção do desmatamento da Amazônia, por meio do Fundo Amazônia, caso haja uma mudança de governo nas eleições deste ano. Ou seja, caso Jair Bolsonaro saia da presidência.
A Noruega é o maior doador do Fundo. Entre 2008 e 2018, foram repassados pelo governo norueguês ao Brasil US$ 1,2 bilhão, ou cerca de R$ 6,3 bilhões, o que representa 93,8% do total doado internacionalmente. O recurso foi utilizado em projetos de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e as doações eram baseadas na apresentação de resultados.
O mecanismo de financiamento está paralisado desde agosto de 2019. Naquele ano, além do início de uma escalada no desmatamento sob o governo Bolsonaro, o Fundo foi alvo de intensos ataques do Governo Federal, com alegações infundadas do então ministro Ricardo Salles sobre a existência de irregularidades e mudanças em suas regras de gestão.
“Se [as eleições] forem como as pesquisas mostram e houver uma mudança [de governo] no Brasil, temos grandes esperanças de que possamos retomar rapidamente uma parceria boa e ativa”, disse Espen Barth Eide, à agência de notícias Reuters.
Segundo Eide, os trabalhos da Noruega no Fundo Amazônia poderão ser retomados “muito rapidamente”, em questão de semanas ou meses, “desde que a oposição faça o que diz que vai fazer” em relação ao meio ambiente.
Fonte: O Eco
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